‘Transformers: O início’ instiga a luta pela liberdade de ser quem se é
Mavi Faria
‘Transformers: O início’ instiga a luta pela liberdade de ser quem se é

rixa entre o Optimus Prime e o Megatron não é novidade e, quem é fã da saga Transformers já deve ter acompanhado o desenrolar entre esses dois personagens algumas vezes e conhecer de ponta a ponta os entraves entre eles. Mas, em ‘Transformers: O Início’ , uma versão desses dois personagens, ainda desconhecida, é revelada.

Diferente dos filmes live action, ‘Transformers: O Início’ é uma animação colorida e impressionante, entregando detalhes de cor e texturas que os robôs físicos dos outros filmes não conseguiam. Mas, não se deixe enganar ao pensar que a versão colorida e animada deixa de lado questões complexas e profundas entre os personagens, assim como batalhas épicas e momentos tensos.

Diria, inclusive, que esse filme é o mais emocionante e profundo de toda a saga por mostrar, em camadas difíceis de serem aceitadas, mas incrivelmente humanas, a amizade anterior ao combate entre Optimus Prime e Megatron, quando ainda eram, respectivamente, Orion Pax e D-16 .

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No filme, o primeiro ambientado completamente em Cybertron, Orion Pax e D-16 são robôs mineradores, sem a capacidade de se transformar e fadados a serem mineradores por toda a vida, uma regra que não consegue reter a vontade de Orion Pax de ser livre e de decidir, por si mesmo, o que gostaria de ser.


Ele instiga o melhor amigo e irmão do coração, D-16, a enfrentarem os limites impostos por essa sociedade e provarem que, mesmo sem poder se transformar, ainda têm potencial para serem o que quiserem . Nesse percurso, os amigos se colocam em algumas enrascadas e aventuras épicas que os obrigam a questionar tudo o que acreditaram ser verdade até então, acompanhados de Elita-1 e B-127 , que nos outros filmes é conhecido por Bumblebee .

Quem é fã da saga vai se divertir, se emocionar e se sentir nostálgico ao entender o que levou Orion Pax e D-16 a se tornarem inimigos mortais na pele de Optimus Prime e o Megatron, mas, acredito que a maior surpresa e prazer venha de quem não conhece muito bem a saga, como aconteceu comigo, que conhecia os nomes dos personagens e a história muito por cima.

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A surpresa e a emoção com cada plot twist da história foi mais intensa, e esses dois amigos conseguem envolver e convidar o espectador a torcer por eles com uma fé antes desconhecida. No fim, ‘Transformers: O Início’ é mais do que uma animação de uma saga já conhecida; é um filme que dialoga com a realidade de forma única, trazendo reflexões sobre liberdade e princípios.

A luta dos protagonistas, mesmo que difusa em determinado momento, é pela liberdade de escolherem o que querem ser . Mesmo que a sociedade tenha imposto que eles não podem se transformar e só são mineradores, eles provam que nenhum rótulo é capaz de prendê-los e provam que a liberdade é a maior arma que um robô, ou humano, pode ter .

‘Transformer: O Início’ estreia nesta quinta-feira (26) nos cinemas de todo Brasil.

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