Entenda por que Fernanda Montenegro entrou para o Guinness Book

Atriz entrou para o Livro dos Recordes ao reunir o maior público em uma leitura filosófica

Fernanda Montenegro, do Oscar ao Guiness Book
Foto: Humberto Maruchel
Fernanda Montenegro, do Oscar ao Guiness Book

Fernanda Montenegro, uma das maiores atrizes do Brasil, e  única brasileira a ser indicada ao Oscar, alcançou mais um marco importante ao ser incluída no Guinness Book. Na última semana, a atriz entrou para o livro dos recordes ao reunir o maior público em uma leitura filosófica.


Em agosto, Montenegro realizou uma leitura dramática dos textos de Simone de Beauvoir no Parque Ibirapuera, para uma plateia de 15 mil pessoas. O evento foi o encerramento de uma série de apresentações que ela fez em São Paulo, no teatro Raul Cortez, durante uma temporada de sucesso.


Na ocasião, Fernanda leu trechos de "A cerimônia do adeus", de Simone de Beauvoir, um livro bastante pessoal da escritora francesa que explora temas como a velhice, a morte e a sua longa relação com Jean-Paul Sartre.


“Milagres acontecem. A nossa cultura é o nosso país. Ter levado Simone de Beauvoir para 15 mil pessoas no Ibirapuera… Isso acontece em mais algum lugar do mundo?”, refletiu a atriz ao receber o certificado.


A apresentação, que contou com o apoio do Banco Itaú, celebrou os 80 anos de carreira de Fernanda. Além de suas atuações no teatro, Fernanda Montenegro tem se destacado no cinema neste último ano. Seu mais recente lançamento foi o filme "Ainda estou aqui", de Walter Salles, escolhido para representar o Brasil na disputa pelo Oscar.  No longa, ela interpreta os últimos momentos de vida de Eunice Paiva, advogada e ativista, mãe de Marcelo Rubens Paiva, autor do livro homônimo.


Além disso, a atriz protagonizará "Vitória", de Andrucha Waddington, baseado na história real de Joana Zeferino da Paz, conhecida como Vitória da Paz. O filme retrata o caso de uma mulher que, durante dois anos, gravou o tráfico de drogas em Copacabana, revelando a cumplicidade da polícia. Suas gravações, registradas em oito fitas VHS, foram usadas como base para uma grande reportagem investigativa do jornal "Extra". A identidade de Vitória foi revelada recentemente, após a sua morte.