Pai de atriz da Globo é preso em operação da Polícia Federal

Vladimir Neiva, pai de Mayana Neiva, é investigado por participar de esquema de desvio de dinheiro das áreas da saúde e da educação

Vladimir Neiva, pai da atriz Mayana Neiva , foi preso na terça-feira (17) em uma operação da Polícia Federal na Paraíba. No total, 16 mandados de prisão preventiva foram cumpridos. As prisões fazem parte da sétima fase da operação Calvário, que investiga o desvio de R$ 134,2 milhões da Saúde e da Educação da Paraíba.

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Mayara Neiva junto com o pai
Foto: Reprodução/Facebook
Mayara Neiva junto com o pai


Após audiência de custódia na quarta-feira (18), os 16 presos continuam atrás das grades. O ex-governador da Paraíba Ricardo Coutinho também teve a prisão decretada, mas estava de férias fora do país e é considerado foragido.

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"Estamos colaborando com todas as fases da investigação e meu cliente não tem nenhum contrato vigente com o governo do Estado e nenhum recebimento a ser feito desde 2018. Se houver denúncia, vamos nos defender nos autos", disse a Folha de S. Paulo  o advogado do Grupo Grafset, Kalleby Sobral, que representa Vladimir. Ele também ressaltou que seu cliente não tem qualquer tipo de relação pessoal com o ex-governador.

A operação também cumpriu mandados de busca e apreensão na produtora de livros Grafset, da qual ele é diretor-presidente.

O pai de Mayana Neiva foi citado em duas delações premiadas. Ex-chefe do governo de Ricardo Coutinho, Ivan Burity, afirmou que Vladimir Neiva teria teria sido procurado para fazer doações oficiais e extraoficiais a campanha do ex-governador.

E a ex-secretária de Administração Livânia Farias, que foi presa em março deste ano, disse em seu depoimento que a Editora Grafset foi a responsável por parte das propinas entregues em caixas na Granja Santana, residência oficial do então governador, de 2014 a 2018.

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A Polícia Federal disse, em nota, que do total do dinheiro desviado R$ 120 milhões teriam sido destinados a agentes políticos e campanhas eleitorais da Paraíba em 2014, 2014 e 2018. Segundo a investigação, os recursos públicos eram destinados aos serviços de saúde e educação. Ainda de acordo com a Polícia Federal, houve fraudes em procedimentos licitatórios e em concursos públicos.