Segundo o jornal The New York Times , o produtor cinematográfico Harvey Weinstein, de acordo com a decisão do juiz federal Robert Sweet, de Manhattan, terá que enfrentar uma ação civil após a atriz Kadian Noble o acusar de violar leis contra o tráfico sexual ao convidá-la para um quarto de hotel na França, em 2014, e agredi-la sexualmente.
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O magistrado negou nesta terça-feira (15) uma moção de Harvey Weinstein que pedia a rejeição da ação civil, apresentada no ano passado pela atriz britânica. Segundo ele, embora o caso “não seja uma ação arquetípica de tráfico sexual , as alegações estabelecem plausivelmente” que o produtor violou a Lei de Proteção de Vítimas do Tráfico federal.
Na acusação, Weinstein havia prometido a atriz que iria rever algum de seus trabalhos, mas ele a molestou e a obrigou a vê-lo se masturbar no banheiro. Seus advogados argumentaram que o incidente era legalmente o mesmo que a prostituição forçada.
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Resposta dos advogados de Harvey Weinstein
Os advogados do ex-produtor Hollywoodiano argumentaram que o caso deve ser rejeitado porque as leis de tráfico sexual foram criadas para contemplar atos sexuais “comerciais”, o que não inclui o suposto encontro porque Kadia não deu nada de valor.
Porém, o juíz rejeitou o argumento, dizendo que para uma “uma aspirante a atriz, conhecer um produtor de cinema de renome mundial tem valor por si só”. Completando: “(...) A alegação, portanto, de que Noble não recebeu nada de valor - que a expectativa de um papel no cinema, de uma reunião de modelagem, de "seu povo" estar "em contato com ela" não tem valor - não reflete a realidade moderna".
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Os advogados de Weinstein seguiram com a defesa, dizendo que permitir o prosseguimento do caso significaria que a lei cobre “todas as atividades sexuais que ocorrem entre adultos nas quais uma parte tem uma posição superior de poder e influência”.
Por fim, os advogados da atriz argumentaram que Harvey Weinstein é responsável pelos danos de acordo com a lei, classificando ainda a decisão do juíz como inovadora para o movimento #MeToo.