Acusado de assédio, Ricardo Darín rejeita rótulo de "Harvey Weinstein argentino"

Em entrevista a emissora argentina Trece TV, o ator Ricardo Darín ("Truman") falou sobre as acusações de “maus-tratos” e “difusão de falsos rumores” feitas pela atriz Valeria Bertuccelli. Segundo Darín, as acusações mancharam o seu nome e a sua carreira. 

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“Me puseram no grupo absolutamente indesejável de agressores de mulher. Uma publicação americana chegou a me chamar de ‘Harvey Weinstein argentino’”, disse Ricardo Darín durante a entrevista. Ainda segundo o argentino, ele nunca "conseguirá limpar o seu nome e uma reputação construída durante toda uma vida". 

Dias atrás, o ator de 61 anos também disse que tudo não passou de um mal-entendido e de uma “hipersensibilidade social” que, segundo ele, hoje ocorre na defesa dos direitos femininos: “Aproveitar-se da conjuntura para fazer disso um caso de violência de gênero me parece infantil e perverso”, afirmou sem mencionar Valeria Bertuccelli. 

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Darín agradeceu “as amigas” que o defenderam em público recentemente e lamentou que sua mulher, Florencia Bas, e sua filha também estejam sendo atingidas pelas críticas. 

Entenda a polêmica

Valeria Bertuccelli dividiu com Darín o palco na peça "Escenas de la Vida Conyugal" em 2013 e 2014. Há uma semana, a atriz afirmou em entrevista que “não era tratada como gostaria” e não tinha espaço artístico, daí a razão de deixar a produção.

Sem detalhar em que consistiram os “maus-tratos”, a atriz disse que o ator teve atitudes que “não se espera de um companheiro de trabalho”.

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A atriz Érica Rivas, que também trabalhou com Ricardo Darín na mesma peça que Bertuccelli, denunciou os mesmos problemas que a outra atriz. Darín reconheceu que ele e Rivas tiveram “uma grande discussão”, mas estranhou que ela tenha aceitado seu pedido de desculpas num primeiro momento para depois “voltar atrás”.

Sobre as acusações, Ricardo Darín  disse que está “morrendo de vontade de falar”, mas vai conter-se para proteger a família.