Bastidores de Playboy: Núbia Óliiver fica nua na Paulista e "empolga" fotógrafo
Em ensaio em 1994, Núbia Óliiver ficou nua na Av. Paulista, deixou fotógrafo "empolgado" e quase faz anão perder o emprego; relembre a história
Durante os anos 1990, Romário de Oliveira foi um dos nomes mais importantes da Playboy no Brasil. Agora, ele assina uma coluna no iG para contar tudo dos bastidores de uma das revistas mais populares do País. Na coluna desta quarta-feira (19), ele conta os bastidores de um ensaio que causou polêmica: quando Núbia Óliiver ficou nua na Avenida Paulista.
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Núbia Óliiver fica nua na Av. Paulista, deixa fotógrafo "empolgado" e quase faz anão perder o emprego...
Depois de ser eleita a Pantera 1993, em um baile tradicional do carnaval carioca, Núbia Óliiver tornou-se presença marcante nas páginas de Playboy – sempre recheada de belas histórias por conta dos ensaios que fazia. Estrela da capa em junho de 1993, desta vez ela foi escolhida para estrelar o primeiro nu digital do país, para a edição de outubro de 1994 – dispensando o filme, levando as imagens diretas para a tela do computador. Uma novidade na época... A novidade do momento.
Um fotógrafo é escalado para clicar a moça em um dos andares da Editora Abril, no Brooklin, em São Paulo. Já maquiada, Núbia circula de um andar para o outro com bobes no cabelo e vestindo apenas um roupão para não ficar com o corpo marcado pela calcinha e nem pelo sutiã. Resolve ir até o andar da lanchonete comer um lance enquanto o fotógrafo prepara o cenário e "arma" o equipamento. Mesmo com rolinhos nos cabelos ela continua deslumbrante.
Enquanto aguarda o sanduíche ficar pronto, senta-se com as pernas cruzadas e começa a falar ao celular. Rogerinho, um entusiasmado anão que trabalha no caixa perde a concentração. Em uma das mesas alguns homens parecem hipnotizados. Sentada, Núbia fala ao celular, dá gargalhadas, empolgada. Rogerinho continua de olho na moça que num gesto de absoluta sensualidade descruza as pernas e... “Olha lá, a Núbia está sem calcinha!”, dispara o rapaz apontando para a “perereca” da modelo. "Tenho a visão privilegiada!", ele sorri, sacolejando os ombros, se gabando por causa da altura e do ângulo que está. "Meu Deus! Tô passando mal!", berra o anão.
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Minutos depois ele corre para o telefone e... A lanchonete está lotada. "Alguém deixou esse pão queimar aqui na chapa!", reclama o gerente. Até os funcionários estão alvoraçados. Ao ser avisada por uma produtora o motivo que levou a lanchonete a virar um "Clube do Bolinha" em menos de um minuto, Núbia se diverte: “Hummm... Esqueci que estava sem calcinha... Por isso que eu estava sentindo um friozinho gostoso vindo aqui de baixo”. Gargalhadas. Hora de pagar a conta. "Mas... Cadê o Rogerinho?!" O anão abandonou o caixa e foi correndo para o banheiro.
Minutos depois, ela já está no local das fotos. Ao ser apresentada ao fotógrafo George Love (o nome faz jus, pois ele parecia apaixonado por Núbia), a pantera se vestia para depois se despir. Dava pra perceber um certo olhar malicioso do sujeito, que não cansava de mirar a modelo de cima à baixo. Recordo-me que minutos depois, Núbia brilhava para as câmeras vestindo apenas um short jeans, rasgado. George estava empolgadíssimo, clicava sem parar. “Vamos tirar o shortinho?”, sorriu uma das produtoras, já de olho na “empolgação” do fotógrafo que vestia uma calça bem justa. Também, diante de Núbia nua... Impossível, né?!
O fotógrafo treme, sua frio... As produtoras riem disfarçadamente... De repente, uma gritaria total. “GOSTOSA!”. Ufa! Ele foi salvo pelo gongo. Em um prédio ao lado, um grupo de operários assiste tudo por uma das janelas que está aberta. Núbia entra no clima: vai até a janela, sorri para os homens que trabalham na construção de um prédio. Eles aplaudem, ela manda um "beijinho", merecendo calorosos aplausos. "LINDA!", devolvem. “Chega!”, sorri a pantera. “Vamos continuar o trabalho... Onde está o fotógrafo?”. Hummm... Será que ele também foi ao banheiro? Uma coisa é certa, por onde Núbia passa, alguma história interessante vai rolar. Tive duas belas experiências ao lado dela sendo fotografada.
Desta vez a pantera foi escalada para um ensaio audacioso para comemorar o aniversário da revista. O tema do ensaio? Núbia e Marinara Costa (uma loira e uma morena) nuas nas ruas de São Paulo. A equipe de produção se reúne e escolhe os locais que serão cenário para o trabalho inusitado. “Que tal umas fotos na Avenida Paulista?”, se empolga uma das produtoras, que aproveita também para sugerir que eu ajude na realização dos ensaios. Aceitei na hora. Achei o máximo! "Romário nos ajuda ficando de olho na polícia e nos curiosos", recomenda. Tudo certo! Combinado. Sexta-feira, 5 horas da manhã. A equipe de Playboy se prepara para dar continuidade ao trabalho. A escultural Núbia Óliiver já está maquiada, pronta para ser clicada. “Estou sentindo um friozinho por baixo do roupão...”, sorri a sempre bem-humorada garota da capa, após um longo bocejo. Tudo tinha que ser muito rápido. “A ideia é a seguinte: eu vou me posicionar próximo a bicicleta para ver como está a luz, a Núbia se aproxima da bike e quando eu disser ‘já’ alguém puxa o roupão e sai de cena”, explica o fotógrafo. Tudo OK. Pensei: “Se com o roupão a modelo já está parando a Avenida Paulista, imagina quando tirar...”
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Estamos próximos ao MASP (Museu de Arte de São Paulo). O show vai começar. "Romário, tudo certo aí?!". Na esquina, dou sinal avisando que está tudo “ok”. Núbia começa a parar o trânsito. Ela está com o roupão, senta na bicicleta. “Já!”, grita o fotógrafo, com a câmera em foco. A produtora disfarça e puxa o roupão. Ele começa a clicar sem parar. "GOSTOSA!”, berra um rapaz de dentro de um táxi. Nem o frio consegue atrapalhar as caras e bocas, e o bom humor da morena que entre um clique e outro acena para motoristas de ônibus e quase faz três bobalhões baterem um fusquinha após jogar um beijo.
“Gente... Polícia! Polícia!!”, aviso que a polícia está vindo no sentido contrário da Avenida Paulista. Para nossa sorte um semáforo fecha e atrasa a ação da polícia. "Cubram a modelo! Vistam a Núbia: já temos a foto!", berra o fotógrafo. Mais sirenes avisam que policiais estão rondando a área. Todo mundo corre com Núbia e a bicicleta em direção do carro da editora. "UFA! Foi por pouco!", suspira uma produtora. Quando eles chegaram, nós já estávamos bem longe, se preparando para despir a louraça Marinara Costa em uma floricultura em outro bairro de São Paulo. “Foi tudo muito louco”, recorda Núbia, dando gargalhadas. “Eu nua numa bike e as pessoas ali, passando. Corria o risco de ser presa a qualquer momento. Não era nada excitante.” Você que pensa, Núbia Óliiver... Você que pensa.