Ex-Playboy relembra bastidores da revista em nova coluna no iG
Romário de Oliveira, ex-funcionário da "Playboy", terá coluna no iG em que vai dividir suas memórias de Playboy que completa 42 anos em breve. A coluna, especial, será publicada até o fim de agosto, mês de aniversário da revista, sempre às segundas, quartas e sextas-feiras
Em 1990, a vida de Romário de Oliveira mudou para sempre. Assíduo leitor da revista Playboy , foi no fim daquele ano que ele foi convidado para trabalhar na redação da publicação, que na época pertencia à Editora Abril. De 1991 em diante, ele teve o emprego dos sonhos.
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"Eu vivia cercado de mulher bonita, ajudava a fazer uma revista top, tinha passe livre nos melhores restaurantes e baladas, presidia os juris dos concursos de beleza... E ainda era pago pra isso", contou Romário, novo colunista do iG , sobre seu período na Playboy .
Fã da revista desde jovem, Romário foi convidado a trabalhar na redação graças às várias cartas que ele mandava mensalmente aos editores. Uma vez contratado, ele virou praticamente um faz-tudo. "Memórias eu tenho muitas: eu e o Luciano Huck durante horas folheando as edições antigas procurando a foto da Xuxa nua em cima de um cavalo branco. No atendimento ao leitor, lembro que um dia um cara ligou 'P' da vida porque publicamos uma foto que aparecia a bunda do Chiquinho Scarpa", lembrou.
Durante um período, Romário fez a seção Mulheres, em que entrevistava grandes personalidades do País. "Lembro que certa vez era uma pergunta sobre o primeiro sutiã e a apresentadora Angélica me contou que o dela foi um de bojo. Anotei e depois fui perguntar para as mulheres da redação: o que era um bojo? Curtiram com a minha cara! Camila Pitanga, Carolina Dieckmann, Luana Piovani e tantas outras foram entrevistadas por mim na seção", lembrou o jornalista.
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No melhor espírito de faz-tudo, Romário já teve até que ir ao programa de Hebe Camargo para comprovar que as pernas da apresentadora eram bonitas naturalmente. "Tínhamos dúvidas com relação as suas belas pernas, se ela tinha aquelas pernas mesmo ou se usava meia. Me mandaram para o programa de TV dela: sentei na primeira fileira do auditório. No intervalo a Hebe era uma "gracinha" e se aproximava da platéia, quando ela chegou perto, eu joguei minha caneta da Playboy no chão e me abaixei para pegar, só para checar se ela usava meia ou não. Ela não usava!", contou.
Apesar de tudo, Romário confessa que tem algumas frustrações de seu período na revista. "Acho que podia ter curtido mais", lamentou. "Eu 'morei' no Copacabana Palace, podia ter curtido mais", continuou. Mas ele é muito grato pela oportunidade que teve. "Tive a sorte e a honra de ter trabalhado com os papas do jornalismo, aprendi a fazer jornalismo de verdade, conheci as mulheres mais belas do mundo, descobri talentos, realizei sonhos, fiz muitos amigos", garantiu.
Tempos atuais
Hoje, a Playboy é uma revista bem diferente. Sem nudez total, a publicação tem novos donos e uma nova diretriz, que Romário julga ser errada. "Tudo bem que hoje temos a nudez gratuita por causa da internet, mas eu acredito que uma revista feita nos moldes das que fazíamos nos anos 1990 voltaria a ser a 'Mais Gostosa do Brasil'", disse. "Muita coisa mudou com o tempo, mas acho que a revista precisa ver o leitor como peça-chave", continuou.
Mesmo longe da revista há décadas, ele ainda pensa com a cabeça de quem passou muitos anos naquela redação. "Eu frequento baladas e vejo tantas mulheres lindas. Me pergunto: "cadê os olheiros da Playboy ? ". Tudo bem que mulher famosa vende mais, mas mulher bonita também rende", garantiu.
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Em sua nova coluna no iG , Romário de Oliveira promete dismistificar os bastidores da Playboy e relembrar histórias daquela época. "Eu tenho mais de mil histórias, números, estatísticas, fotos de festas, piadas... O mais legal é que as próprias estrelas vão me ajudar a escrever porque elas lembram de tudo", antecipou. "Vou contar TUDO que o leitor sempre teve curiosidade de saber: histórias dos bastidores, da redação, dos eventos, das viagens, das capas, das famosas. E quero mostrar como elas estão hoje. Tem cada vovó gata", garantiu o jornalista.