Céline Dion insistiu em manter imagens 'perturbadoras' em documentário

Diretora Irene Taylor disse que a cantora pediu para que não cortassem as imagens de suas crises de convulsão do documentário que fala de sua doença; veja fotos

Celine Dion participou da exibição especial do documentário 'Eu Sou: Celine Dion' no Alice Tully Hall, em Nova York, no dia 17 de junho de 2024
Foto: ANGELA WEISS / AFP
Celine Dion participou da exibição especial do documentário 'Eu Sou: Celine Dion' no Alice Tully Hall, em Nova York, no dia 17 de junho de 2024

Céline Dion , de 56 anos, foi a responsável por manter imagens de suas crises de convulsão na edição final de seu documentário “Eu Sou: Céline Dion”, que teve sua estreia oficial nesta terça-feira (25).

A cantora e compositora sofre de uma condição rara e incurável, conhecida como Síndrome da Pessoa Rígida (SPR), caracterizada por espasmos musculares e rigidez.

Durante o documentário, Céline é mostrada em uma sessão de fisioterapia realizada em 2022, na qual ela convulsiona e se contorce de dor - é possível ouvir seus gemidos de agonia enquanto os médicos cuidam dela.

“Você quer que retiremos as câmeras?”, questiona um membro da produção, a quem a cantora responde: “Estou bem!”

Irene Taylor, diretora do documentário, disse em entrevista ao Yahoo que a cantora assistiu às imagens e insistiu que “não queria que mudassem nada”.

“O terapeuta dela viu o episódio [médico] chegando e, em 30 segundos, não havia como voltar atrás. Nós apenas respondemos o mais rápido que pudemos. Nós realmente não podíamos sair daquele canto da sala. Eu estava segurando um microfone [e o usei] para avaliar se ela estava respirando ou não”, explicou Taylor.

A diretora continuou: “Foi muito perturbador. Muito perturbador. Eu sei que é difícil para alguns espectadores, foi difícil para mim também. Mas vou te dizer que Céline se sentiu validada por se ver assim, e ela pensou que a ajudaria se outras pessoas pudessem entender como é [SPR].”

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Foto: Reprodução/Prime Video
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Na tela, a cantora de “My Heart Will Go On” aparece dizendo: “Toda vez que algo assim acontece, te faz sentir tão envergonhada, e então, tipo, eu não sei como expressar isso, é só… você sabe, como se não tivesse controle de si mesmo...”

Ela acrescentou que não desistiu dos sonhos sobre sua carreira. “Ainda me vejo dançando e cantando. Eu sempre encontro um Plano B e um Plano C, você sabe. Essa sou eu. Se eu não conseguir correr, eu vou andar. Se eu não conseguir andar, eu vou rastejar. Mas eu não vou parar. Eu não vou parar!”

Irene disse que ela e Dion “nunca conversaram” antes das filmagens sobre o que fariam se a cantora tivesse uma crise de saúde na frente das câmeras.

“Eu realmente pensei que era tão improvável que nem mesmo era uma conversa que precisávamos ter”, disse Taylor, ao Yahoo, acrescentando que “meses podem se passar” sem que Céline tenha um incidente.

“Se isso acontecer, [Céline] me disse repetidamente: 'Não me peça permissão para filmar, apenas continue filmando e podemos conversar sobre isso mais tarde.' ”

Ela disse que a cantora assistiu ao filme com os três filhos René-Charles, de 23 anos, e os gêmeos Nelson e Eddy, de 13 anos, frutos de seu casamento com o músico René Angélil, morto em 2016 em decorrência de um câncer na garganta.

1 /4 Céline Dion insistiu em compartilhar imagens 'perturbadoras' de convulsão em documentário em meio à batalha contra a síndrome da pessoa rígida Reprodução/Prime Video
2 /4 Céline Dion insistiu em compartilhar imagens 'perturbadoras' de convulsão em documentário em meio à batalha contra a síndrome da pessoa rígida Reprodução/Prime Video
3 /4 Cenas do documentário 'Eu Sou: Céline Dion' Reprodução/Prime Video
4 /4 Céline Dion comove fãs e conta que está perdendo a habilidade de andar Reprodução/Prime Video