O cineasta Josias Teófilo confirmou ao jornal O GLOBO que foi sondado para ser o novo secretário adjunto da cultura, substituindo José Paulo Soares Martins, exonerado nesta quarta-feira. A informação de que o diretor pernambucano havia sido procurado pelo governo federal foi antecipada por Matheus Leitão em seu blog no site G1 .
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Teófilo dirigiu o documentário " O jardim das aflições ", vencedor do prêmio de melhor filme no festival Cine PE em 2017, sobre o ideólogo Olavo de Carvalho. O filme se apropria do título de um dos livros publicados pelo guru do núcleo duro do governo Bolsonaro para abordar sua rotina no interior da Virgínia, nos Estados Unidos.
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Abaixo, a entrevista que Josias Teófilo concedeu por telefone.
Você confirma que foi convidado para ser o novo secretário adjunto da cultura?
Fui sondado por gente do governo. Eu concordei em ir se for convidado oficialmente. Mais ainda falta o convite oficial, ainda precisa ver lá dentro, a própria Regina Duarte ainda precisa aceitar o convite para ser secretária especial da Cultura .
Caso venha o convite oficial, qual você imagina que pode ser sua contribuição no governo?
Quero colaborar, chegar com muita humildade, para ouvir, para sentir. Eu preciso sentar para estudar a situação e dar uma opinião mais abalizada. Fazer uma avaliação nesse momento é um pouco complicado.
O que acha da política cultural do governo até agora?
Eu acho que o governo e a classe artística podem se entender. A Regina está com um discurso pacificador. É a melhor coisa que se pode fazer no atual momento. Regina é uma artista, uma pessoa sensível, reconhece a necessidade do diálogo para um entendimento maior. Isso é muito bom. O próprio presidente parece gostar muito dela, está muito reverente a ela.
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Você falou com Bolsonaro?
Não. Foi um pessoal do governo que, por questão de respeito, prefiro não identificar. Foi há dois dias [na segunda-feira, dia 20] .
O que ficou combinado?
Eles ficaram de voltar a entrar em contato em breve. Estou aqui esperando ver o que vai acontecer.