A rainha Elizabeth II convocou seu neto, o príncipe Harry, para uma reunião emergencial em que será discutida a situação atual do príncipe e de sua mulher, a ex-atriz americana Meghan Markle . Na quarta-feira, o duque e a duquesa de Sussex, títulos oficiais do casal, anunciaram que abandonaram suas condições de "membros sêniores" da família real, surpreendendo até mesmo a monarca.
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O pai de Harry , o príncipe Charles, primeiro na linha de sucessão, e seu irmão mais velho, William, também participarão da reunião, que deverá acontecer na segunda-feira na casa de campo da rainha em Sandringham, no leste do Reino Unido. Segundo a agência Reuters, Meghan, que voltou para o Canadá — país onde morou enquanto gravava a série "Suits" — na quinta-feira para se reencontrar com seu filho, Archie, participará por telefone.
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Em um anúncio feito em seu site oficial, Harry e Meghan afirmaram que querem um "novo modelo de trabalho" que os permita dividir seu tempo entre a América do Norte e o Reino Unido e independência financeira da família real. Eles não consultaram a monarca de 93 anos ou outros integrantes da família real, algo que, segundo fontes no Palácio de Buckingham, teria deixado a rainha decepcionada.
A reunião desta segunda-feira será a primeira vez que os principais integrantes da família real se encontrarão pessoalmente para discutir o estopim da crise familiar. Até o momento, representantes da realeza vêm conversando nos bastidores para tentar chegar a um consenso sobre a independência buscada pelo casal.
Segundo a imprensa britânica, foram agendadas várias “reuniões de crise” e a primeira delas teria acontecido já na quinta-feira. De acordo com os tabloides, a saída de Harry e Meghan de seus postos na família real é uma questão de “dias, não semanas”.
Ao Telegraph, fontes da Coroa expressaram suas dúvidas sobre a viabilidade de o casal abandonar as obrigações reais enquanto mantém seus títulos de nobreza, a subvenção financeira do príncipe Charles — correspondente a 95% da renda do casal — e a recente casa reformada na propriedade do castelo de Windsor.
Mais cedo neste sábado, o jornal britânico Times divulgou que Meghan teria concordado em dublar um filme para a Disney em troca de uma doação para uma instituição de caridade que protege os elefantes. Uma porta-voz do Palácio de Buckingham não respondeu a pedidos de comentário sobre o assunto. A Disney também não comentou.
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Esta nova crise pode manchar a imagem da família real, que viveu um ano difícil em 2019, com um acidente automobilístico e os problemas de saúde do marido da rainha, o príncipe Phillip, de 98 anos, e a saída do príncipe Andrew da vida pública em razão de seus vínculos com o bilionário Jeffrey Epstein, acusado de abuso sexual de menores e que se suicidou na prisão.