Nos 25 anos de "Friends", impacto da série mobiliza fãs de diferentes gerações

Uma das sitcoms mais badaladas da TV, “Friends” estreou em 22 de setembro de 1994 nos EUA. Legado cultural reverbera em fãs de diferentes idades

Sem dúvida, você já ouviu falar de “Friends”, da Warner , e sabe que é uma das séries de maior audiência de todos os tempos da TV norte-americana. E o segredo do sucesso são poucos elementos: Nova York, um café que funciona 24 horas e seis amigos completamente diferentes um do outro.

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Foto: Divulgação/Imdb
Elenco de Friends


O primeiro episódio de “ Friend s” estreou em 1994, e contou a história de Rachel (Jennifer Aniston), Monica (Courteney Cox), Phoebe (Lisa Kudrow), Chandler (Matthew Perry), Joey (Matt LeBlanc) e Ross (David Schwimmer), amigos que convivem diariamente e que compartilham suas tramas de amores, desamores, carreira, família e humor... muito humor.

A série completa 25 anos neste domingo (22) e deixou um legado enorme pelo caminho, com fãs enlouquecidos pela atração nos quatro cantos do mundo. No entanto, o que explica esse sucesso? O formato, é claro, é o que mais chama atenção. Os episódios tinham, no geral, no máximo meia hora de duração, e abordavam a vida cotidiana de cidadãos comuns.


“O que me cativou foi o humor e a simplicidade com que a série trata de diversos assuntos, além das personalidades complexas dos personagens”, destaca Maristela Guimarães, de 50 anos.  A coordenadora pedagógica se encantou pela atração da Warner logo na estreia, em 1994. “Apesar de não haver mais o elemento surpresa, ainda me divirto com os episódios”, completa.

No entanto, recentemente, a atração voltou a ser um assunto comentado, principalmente nas redes sociais, por conta de algumas piadas e comentários considerados, sob à luz atual, inadequados. Várias pessoas, por exemplo, apontaram o relacionamento de Rachel e Ross como abusivo, já que o paleontólogo tinha um ciúme absurdo da moça.

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Outros, citam as piadas em relação ao peso de Monica na adolescência e os comentários sobre o pai de Chandler, que é transexual, como sexistas e gordofóbicos. Para Ana Carolina Dourado, de 30 anos, isso não é um problema. No entanto, a gestora comercial afirma que reconhece as problemáticas da série e ressalta outros assuntos retratados positivamente.

“Entendo que [a série] foi gravada em uma época que a comunicação em relação a certos tipos de assuntos era mais livre e que se falava muito pouco sobre os danos desse tipo de abordagem. Então, quando me deparo com algo que, se fosse retratado nos dias de hoje eu não aceitaria, apenas reflito em como isso era lidado antes. Mas não me incomoda”, diz.

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“É claro que sei de alguns episódios de gordofobia e de como o Joey tratava as mulheres como se fossem objetos, por exemplo. Mas, em compensação, outros assuntos importantes foram debatidos com leveza, como o caso da barriga de aluguel de Phoebe e a adoção dos filhos de Monica e Chandler”, ressalta.


25 anos depois, o impacto da série, sem dúvida, ainda existe e a popularidade da atração, acredite, cresceu. A estudante Giovanna Duarte, de 16 anos, ainda nem havia nascido quando a produção foi lançada, mas começou a acompanhar a saga dos seis amigos nova-iorquinos há pouco tempo e afirma que está adorando.

“Ainda não terminei todas as temporadas, mas posso dizer que, até onde assisti, estou amando. É claro que existem algumas problemáticas como machismo, gordofobia e homofobia, por exemplo, e que se fossem retratados tão ‘naturalmente’ em uma série atual, não teria a mesma irrelevância que tinha em 1994”, aponta.

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“O controle que Ross insiste em ter nas suas relações, os comentários de Ross e Chandler sobre a aparência de Monica na adolescência, e o modo como eles tratam a Phoebe em muitos episódios, como se ela fosse louca, seria uma questão seríssima hoje dia. Mas entendo que, naquela época, não era uma narrativa problemática e tudo bem”, complementa.


Com assuntos polêmicos ou não, o que fica entre os fãs de “ Friends ” é a saudade. No entanto, para os mais fervorosos fãs, a exposição Casa Warner, que  acontece em São Paulo até o dia 13 de outubro, é uma oportunidade de acalentar a nostalgia.