No Festival de Cannes, na manhã desta quarta-feira (22), o cineasta Quentin Tarantino esteve ao lado de Brad Pitt, Leonardo DiCaprio e Margot Robbie para participar da coletiva de imprensa sobre seu mais novo título, "Era Uma Vez em...Hollywood".

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Quentin Tarantino
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Quentin Tarantino

O filme, que disputa pela Palma de Ouro, foi exibido em uma sessão de gala na última terça-feira (21). No entanto, foi durante a conversa com a imprensa que  Quentin Tarantino se irritou e causou polêmica.

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Durante a coletiva de " Era Uma Vez...Hollywood " o diretor foi perguntado sobre possíveis elementos machistas no filme, que conta a história real de Sharon Tate e mais três amigos assassinados em Los Angeles, no final dos anos 60, por alguns jovens hippies do culto de Charles Manson. A questão fazia referências as poucas falas de Margo Robbie, que interpreta Tate. 

A jornalista criticou o tratamento dado a mulheres com cenas violentas contra personagens femininas, que em geral têm poucas cenas ativas no longa. Dizendo não concordar com tal ponto de vista, o diretor justificou o interesse pela história, mas desconversou a polêmica sobre o machismo.

"Pesquisei muito sobre isso [o assassinato de Tate], e como ele levou aquelas pessoas a cometer aquilo. E francamente, quanto mais você se informa, nada fica mais claro, ao contrário: tudo parece mais absurdo. A falta de compreensão que temos sobre o que levou a tudo aquilo é que garante nosso contínuo fascínio por essa história",  desconversouTarantino.

Contornando a polêmica de Quentin Tarantino

Cena de
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Cena de "Era Uma Vez em Hollywood"

Margot Robbie, por sua vez, tentou evitar a polêmica e declarou: "Pesquisei e li muito sobre ela, mas ao mesmo tempo o que mais procurei fazer foi entender o propósito dessa personagem no filme: isso foi o mais importante. Sharon é a batida de coração do longa, só queria que ela tivesse leveza, quis fazer a personagem de maneira a honrar a memória de Tate, que era uma pessoa especial".

Brad Pitt opinou sobre o assassinato de Tate. "Vejo como um assassinato contra a inocência. Havia um clima de muita esperança, paz e amor naquela época. Quando o crime aconteceu, aquela tragédia, mostrou o lado mais obscuro da natureza humana. É por isso que o evento nos assusta ainda hoje, e é a isso que o filme belamente se refere", disse o ator.

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No longa, Quentin Tarantino mescla personagens fictícios como o protagonismo de Pitt e Leonardo DiCaprio, com a história real de Sharon. Sobre isso ele declarou: "O filme não pretendia ser tão autorreferente, muitas das coisas que estão ali simplesmente apareceram". 

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