Com fantasia e terror gore, "Bacurau" causa sensação em Cannes

Estreia do filme no festival aconteceu na noite da última quarta-feira (15) e combina elementos de fantasia, ficção científica e terror gore; confira mais

Uma das produções brasileiras mais aguardadas deste ano, "Bacurau", dos pernambucanos Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, fez sua sua estreia na competição do 72º Festival de Cannes no final da noite desta quarta-feira (15) numa sessão de gala para convidados . 

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Foto: reprodução / Twitter
Elenco de 'Bacurau' em Cannes


Os diretores de “ Bacurau ” subiram as famosas escadarias do Grand Theatre Lumière acompanhados de parte da equipe do filme , como a produtora Emilie Lesclaux e os atores Karine Teles, Bárbara Colen e Udo Kier, e foram recebidos no topo do tapete vermelho por Thierry Frémaux, delegado geral e diretor artístico do evento. 

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O longa marca o retorno de Kleber ao Festival de Cannes  três anos após disputar a Palma de Ouro com “Aquarius”. Na época, o cineasta ganhou as manchetes do mundo inteiro ao protestar, junto com o elenco do filme, contra o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.

Desta vez, a única manifestação política é sugerida por uma cartela que aparece nos créditos finais do longa-metragem, avisando que a realização de “Bacurau”, rodado no sertão do Seridó, na divisa do Rio Grande do Norte com a Paraíba, gerou 800 empregos.

O título refere-se à fictícia cidade-cenário da trama imaginada pela dupla de realizadores, uma minúscula comunidade rural encravada no agreste que enfrenta crônicos problemas de abastecimento de água.

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Como um dos personagens explica, o nome do lugar é inspirado em um pássaro de hábitos noturnos e “muito bravo”, um símbolo de resiliência sertaneja, em particular, e do brasileiro, em geral. E é esse o sentimento que atravessa toda a história de “ Bacurau ”, que combina elementos de fantasia, ficção científica e terror gore  – e onde nem tudo parece ser o que é.