Sexto álbum de estúdio do agora septeto Maroon 5, “Red Pill Blues” escancara a opção da trupe liderada por Adam Levine de afastar-se cada vez mais do rock e abraçar o eletrônico. O disco, cujo título é uma referência às pílulas do filme “Matrix”, mais parece uma coleção de singles do que um trabalho fechado e coeso. Não que isso seja um impedimento para se curtir o álbum, principalmente se já for fã cativo da banda californiana.

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O septeto que compõe o outrora quinteto Maroon 5: tempos hiperbólicos no som e na formação
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O septeto que compõe o outrora quinteto Maroon 5: tempos hiperbólicos no som e na formação

O pop melódico e envolvente está lá, bem como as parcerias com alguns dos nomes mais quentes da música do momento. O Maroon 5 sempre foi muito feliz nas parcerias e em “Red Pill Blues” isso fica ainda mais claro. Para além do rapper Future, com Cold , que já é single desde o primeiro semestre e está incluída na versão deluxe do disco, há Kendrick Lamar ( Don´t Wanna Know ), SZA (a deliciosa e chiclete What Lovers Do ), Julia Michaels ( Help Me Out ), Lunch Money Lewis ( Who I Am ) e A$AP Rocky ( Whiskey ).

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As parcerias são mesmo os grandes destaques do álbum, com especial atenção para Help Me Out que é seguramente a melhor faixa do novo trabalho. Mas quando está sozinho, o Maroon 5 se garante como na sensual Lips on You ou no groove de responsa de Clousure , que fecha a versão standard do álbum. A faixa tem mais de 11 minutos, com oito deles em uma longa e empolgante jam que mostra os instrumentistas em excelente forma. Apesar de Levine não ser a estrela aqui, ele manda muito bem em outra faixa surpreendente do disco. Trata-se de de Denin Jacket , em que os sintetizadores dão um tempo e o frontman do Maroon 5 precisa se garantir no gogó. Bons backing vocals ajudam a potencializar os efeitos da faixa.

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Capa do disco "Red Pill Blues"

Esse ecletismo generalizado talvez seja reflexo do amontoado de produtores escalado por Levine, que é coprodutor do disco. São 24 produtores para um disco que na versão deluxe ostenta 15 faixas. Diplo, Charlie Puth, The Arcade e John Ryan são alguns deles.

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“Red Pill Blues”, portanto, dá margem a quem diz que o Maroon 5 está apenas fazendo mais do mesmo, mas quem vê certo experimentalismo no disco não deixa de estar certo também. Senhora de uma fórmula menos banal do que muitos fazem crer para produzir hits, a banda apresenta um disco sem medo de ser pop e de se enveredar cada vez mais pelas tendências das pistas e rádios. Adam Levine e sua turma jogam para ganhar. Que mal há nisso?

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