“Eu já quero pedir desculpas porque tomei umas caipirinhas ontem”, observou o cineasta indiano M.Night Shyamalan tão logo pisou no palco do auditório Cinemark para o painel de “Vidro”, no terceiro dia da CCXP 21018. A energia do público, devidamente elogiada pelo cineasta por três vezes durante a apresentação, afastou qualquer possibilidade de ressaca.

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Shyamalan na CCXP 2018
CCXP/ Padilha
Shyamalan na CCXP 2018


“A energia aqui é incrível”, observou o cineasta que esteve no Brasil no começo de 2017 para promover “Fragmentado”, o segundo filme da trilogia agora encerrada com “Vidro”, que ganhou um painel exclusivo de para lá de badalado na  CCXP 2018 .

O cineasta estruturou o painel do auditório Cinemark de maneira que pudesse agradar tanto a seus fãs e admiradores da trilogia como aqueles que só estavam ali para o evento da Marvel que viria a seguir. Em uma edição em que os painéis estão se revelando bem abaixo do esperado, “Vidro” superou as já boas expectativas.

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Shyamalan no painel de
Reinaldo Glioche/iG
Shyamalan no painel de "Vidro" na CCXP 2018

O diretor explicou o conceito por trás de sua trilogia e não escondeu a satisfação por ter abordado os super-heróis, da maneira como abordou, antes deles virarem mania e referência em Hollywood e no cinemão. “O engraçado é que na época (de “Corpo Fechado”) a Disney não acreditava que aqueles personagens pudessem ser comerciais”, comentou. “E olhe para essas convenções hoje! Vocês são demais. Vocês fizeram isso acontecer”.  

Shyamlan contou que desde o fim de “O Sexto sentido” ele tinha o desejo de fazer algo relacionado às HQs, mesmo desejo que 18 anos depois o move em “Vidro”, que classifica como sua versão de “’O Estranho no Ninho’ para personagens de HQs”. “Esses caras estão em um manicômio para pessoas que pensam que tem superpoderes”, divertiu-se.

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Cena de
Divulgação/Imdb
Cena de "Vidro"


O indiano, aliás,demonstrou mesmo estar se divertindo um bocado na Comic Con brasileira e soltou algumas vezes que “ama o Brasil” e, talvez, por isso, ou por conta das caipirinhas, compartilhou algumas histórias curiosas envolvendo os três protagonistas do filme. De Bruce Willis, confessou que tem pôsteres dele na parede (“Quem não gosta de Duro de Matar?”), de James McAvoy narrou o primeiro encontro entre eles – na Comic-Con de San Diego, e de Samuel L. Jackson revelou sua cota pessoal de “Mother fucker”.

“Eu adoro a vibe de Sam (Jackson) e Bruce em “Pulp Fiction. Por isso quis reuni-los para ‘Corpo Fechado’”. Desde o início do projeto – e Shyamalan sempre teve como certo uma trilogia – os dois toparam fazer parte de tudo. “Sam eu não via com frequência. Ele mora em Los Angeles (Shyamalan mora na Pensilvânia na costa leste dos EUA), mas sempre que nos esbarrávamos Sam dizia: ‘e quando vamos fazer aquela sequência, mother fucker (uma referência a um chavão da faceta de Jackson no cinema)?”.

O diretor conta que mostrou “Fragmentado” para Jackson que, assim como o público quando se deparou com o filme, não sabia que aquele era o segundo filme da trilogia. “Eu vou estar no terceiro, mother fucker?”. O auditório adorou a anedota particular e M.Night Shyamalan nem precisaria ter mais cartas na manga para agradar, mas ele tinha.

Cena de
Divulgação/Imdb
Cena de "Vidro"


Além de mostrar clipes, essencialmente dramáticos, de “Corpo Fechado” e “Fragmentado”, e oferecer breves notas para sua audiência a respeito do raciocínio das cenas, ele apresentou uma cena exclusiva para o público e uma cena de fazer salivar pela chegada de “Vidro”, programado para 17 de janeiro nos cinemas brasileiros.

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Perguntado se o público poderia esperar por alguma surpresa considerando sua fama, ele sorriu e disse que pode pintar uma ou duas no filme. O cineasta observou que entende ser este o momento ideal para encerrar a trilogia. Afinal, “Corpo Fechado” tinha um tom soturno e um senso de humor esquisito que se popularizou com figuras como Jack Sparrow e o Coringa de Heath Ledger. Ansioso pela conclusão da trilogia do heróis de carne e osso, o público da  CCXP 2018  não poderia concordar mais. 

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