A rivalidade entre irmãos já gerou grandes filmes como “Guerreiro” (2010), “Gêmeos: Mórbida Semelhança” (1988), “Antes que o Diabo Saiba que Você Está Morto” (2007), “O Sonho de Cassandra” (2007), entre outros. “Carnívoras”, primeiro filme dos irmãos Jérémie e Yannick Renier, pode não adentrar a esta galeria, mas certamente honra a tradição.

Leia também: Falta de tensão e humor em excesso comprometem o violento "O Predador"

Cena do longa francês Carnívoras, que estreia neste fim de semana em algumas capitais do Brasil
Divulgação
Cena do longa francês Carnívoras, que estreia neste fim de semana em algumas capitais do Brasil

Os irmãos, ambos atores, já alimentavam há algum tempo o interesse de fazer um filme sobre a dicotômica relação entre irmãos, especialmente quando estes compartilham da mesma profissão.  Jérémie e Yannick são atores e em “Carnívoras” também o são as personagens centrais.

Leia também: Intensificação da concorrência ameaça reinado da Netflix no streaming

Você viu?

Mona (Leïla Bekhti) é a mais velha. Uma atriz que persegue sua grande chance no cinema enquanto vê a carreira de sua irmã mais nova Sam (Zita Hanrot) evoluir. O longa se esmera basicamente no ponto de vista de Mona, mas flui através da noção de vítima e carrasco. Isso porque tem consciência do papel volátil que a relação de fraternidade preconiza em torno dessas definições.

undefined
Divulgação

Cena de Carnívoras, uma das estreias deste fim de semana nos cinemas brasileiros

Mona surge como uma pessoa ressentida e reprimida, enquanto Sam é sexual, resiliente e convicta de si. Durante as gravações de um filme sob a tutela de um diretor agressivo e inflexível, Sam surta e desaparece. O que despontava como uma crise familiar – Sam é casada e tem um filho pequeno – aos poucos vai se transformando em um pequeno idílio para Mona.

Leia também: Rixa com a Warner põe fim a trajetória de Henry Cavill como Superman, diz site

“Carnívoras” , no entanto, é um pequeno e sombrio conto sobre a fraternidade. Nesse sentido, estabelece um curioso diálogo com outra boa produção francesa lançada em 2018 nos cinemas brasileiros. Diferentemente de “O Amante Duplo”, porém, o longa não se interessa por ilações e reflexões mais profundas, atendo-se basicamente ao desvelo de sua ruidosa trama. De todo modo, afigura-se com um entretenimento de fina categoria.


    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!