Curador do Prêmio Jabuti, Luiz Armando Bagolin, pede demissão após polêmica
Curador do Prêmio Jabuti havia feito mudanças em diversas categorias da competição e gerou indignação por parte de autores e críticos literários
Novas mudanças aconteceram novamente dentro da maior premiação literária do País. O curador do Prêmio Jabuti, Luiz Armando Bagolin, pediu demissão nessa sexta-feira (15) após se envolver em polêmicas com autores e críticos literários pelas mudanças nas categorias da premição. Luiz havia reorganizado as categorias em Literatura, Ensaios, Inovação e Livro.
Leia também: Prêmio Jabuti comemora 60 anos e anuncia nova categoria dedicada ao leitor
O pedido de demissão de Bagolin foi divulgado por meio de uma carta aberta, onde o curador disse que, em 60 anos do Prêmio Jabuti , profissionais do mercado editorial se acostumam a ditar regras do trofeu literário, o que ele consifera um erro: "O que realmente importa em minha divergência é aletar para o fato de que há indivíduos que estão agindo contra o novo projeto apenas para defender interesses pessoais e comerciais", disse.
Leia também: Prêmio Jabuti completa 60 anos e aposta em novo modelo: "vamos fazer escola"
O pedido de demissão foi culminado após as inúmeras críticas feitas as mudanças nas categorias do prêmio. Na última terça-feira (12), o produtor cultural Volnei Canônica fez uma crítica a Bagolin, que pedia a readmissão das categorias de ilustração infantil e juvenil.
Você viu?
Após a publicação, o curador se pronunciou nas redes sociais, dizendo que autor era contra as mudanças no prêmio por "defesa indefectível" de seu marido, que manifestaram indignação com o prêmio as redes sociais.
Novas categorias
Reorganizado em quatro eixos (Literatura, Ensaios, Inovação e Livro), a premiação também só terá um vencedo por categoria. O eixo “Ensaios”, substituiu os gêneros específicos. O livro físico, como objeto, também passa a ser mais valorizado neste processo, uma vez que um dos eixos, o “Livro”, é dedicado apenas a premiações que envolvem o produto físico, como “Projeto Gráfico”, “Capa”, “Ilustração” e “Impressão”, novidade que avaliará a qualidade do acabamento da obra. Para as categorias deste eixo, será necessária a entrega do livro físico, já para as demais, apenas em PDF.
A a categoria de “Histórias em Quadrinhos” foi mantida e faz parte do eixo “Literatura”, junto a outras seis categorias: “Romance”, “Poesia”, “Conto”, “Crônica”, “Infantil e Juvenil” e “Tradução”. No fim, terá um grande vencedor na categoria Livro do Ano, que poderá ser tanto de Ficção quanto de Não Ficção. Concorrem ao “Livro do Ano” todos os livros vencedores das categorias dos eixos “Ensaios” e “Literatura”.
Leia também: Clube de leitura por assinatura é o novo atrativo para apaixonados por livros
Já para incentivar os leitores, o prêmio criou a categoria “Formação de Novos Leitores”, que irá premiar ações, projetos e iniciativas que despertem e sustentem o interesse pela leitura. Em paralelo, os autores independentes que não tem editora vão ter uma taxa de inscrição mais barata, e também vão poder entregar seus livros em formato digital (PDF), com exceção de algumas categorias técnicas.
O Prêmio Jabuti acontece no dia 8 de novembro, às 19h, no Auditório do Ibirapuera. Com as novas mudanças, o valor da premiação também mudou: R$ 100.000 ao “Livro do Ano” e R$ 5.000 ao ganhador de cada categoria individual. No caso de mais de um autor, o prêmio em dinheiro é dividido igualmente entre eles.