Um estudo norte-americano comparou o tratamento de pacientes fictícios e reais de acordo com os casos que aparecem em "Grey's Anatomy", uma das séries de maior sucesso da atualidade. Segundo o artigo científico conduzido por médicos do hospital St. Joseph , nos Estados Unidos, e publicado no Trauma Surgery & Acute Care Open, a série tem uma taxa de morte três vezes maior que na vida real.
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O estudo sobre " Grey's Anatomy
", que conta com 14 temporadas, analisa a forma que as doenças e mortes dos pacientes são tratadas na trama. A pesquisa foi realizada por meio de uma comparação com traumas de 290 pacientes fictícios, em 259 episódios da trama, com traumas de 4,8 mil pacientes reais do banco de dados nacional dos Estados Unidos. “O objetivo deste estudo foi comparar os resultados do trauma em dramas de televisão versus realidade”, escreveram.
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Resultado
O resultado da pesquisa chamou grande atenção entre os profissionais envolvidos. Na série dramática, acontece cerca de três vezes mais mortes que na realidade dos pacientes, registrando 22% de mortes nos hospitais, enquanto a vida real constata apenas 7%. Também é possível ver no estudo que apenas 6% dos pacientes foram transferidos para uma unidade de cuidados de longa duração, um número bem abaixo em relação aos que foram registrados em casos reais, com apenas 22%.
Outro fator interessante, entre os casos analisados, é que 71% dos pacientes saíram da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), direto para a sala de cirurgia na série, enquanto apenas 25% dos pacientes reais precisaram ser operados com grande agilidade. Já cerca de 50% dos pacientes da série, que compõem os casos mais graves, foram liberados do hospital em menos de uma semana, e com os pacientes reais, no mesmo tempo, cerca de 20% receberam altas.
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Conclusão
Para os responsáveis e envolvidos no estudo, as conclusões obtidas de " Grey’s Anatomy ", apontam que a série pode cultivar falsas expectativas entre as pessoas que assistem. “Os pacientes de trauma, como retratados em dramas de televisão normalmente passam da emergência para a sala de operação, e os sobreviventes geralmente retornam para casa. O retrato da televisão de recuperação funcional rápida após lesões maiores pode cultivar falsas expectativas entre os pacientes e suas famílias”, descreveu o artigo.