A premiação do Grammy Awards no último domingo (28) deu o que falar. Entretanto, parece que nem tudo foram flores para as mulheres – literalmente. Durante o evento, a maioria das mulheres convidadas utilizaram uma rosa branca em seus vestidos como forma de apoio ao movimento que começou em Hollywood “Time’s Up”, cujo intuito é a luta pelo fim de assédio e abuso sexual na indústria do entretenimento. Entretanto, a cantora Lorde, que estava indicada a Melhor Álbum do ano, expressou seu protesto de outra forma.
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Nas redes sociais, Lorde publicou uma costura inusitada atrás do seu vestido em que continha o manifesto feito pela poeta Jenny HOlzer no final da década de 1970. “Minha versão da rosa branca – o apocalipse vai florescer – um trecho da minha favorita, Jenny Holzer”, escreveu a cantora na legenda da fotografia.
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A obra é parte de uma série que foi distribuída em panfletos e colocadas pela cidade de Nova York entre 1979 e 1982. O manifesto utilizado pela neozelandesa foi “Untitled (Rejoice!)”, que faz uma crítica à apatia elucidando que se faça transformações através de atos efetivos.
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Polêmica nas redes
Lorde era a única cantora mulher indicada ao prêmio de Álbum do Ano e, ao mesmo tempo a única a não se apresentar na premiação. Nas redes sociais, o fato chamou atenção fazendo com que muitos questionassem a presença da cantora no show. A mãe da cantora chegou a publicar no twitter um artigo do jornal The New York Times que dizia sobre a falta de representatividade nos Grammys e escreveu “Isso diz tudo”, o que foi compreendido como uma crítica ao fato de sua filha não se apresentar. De acordo com o artigo, das 899 pessoas indicadas nos últimos seis Grammys, 9% foram mulheres, relembrando ainda o fato da única cantora mulher indicada a Melhor Álbum do ano não se apresentar. O grande vencedor da noite, por outro lado, foi Bruno Mars, conquistando o principal prêmio e mais outros cinco.
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— Sonja Yelich (@sonjayelich1) 26 de janeiro de 2018