O canadense Ryan Reynolds já foi o homem mais sexy do mundo (na lista da People ), casado com Scarlet Johansson – hoje é marido da não menos bela e fashionista Blake Lively – e herói da DC e da Marvel no cinema. São atributos, importante mencionar, bastante singulares.
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Ryan Reynolds sempre gostou de HQs e era um desses atores, assim como Nicolas Cage , que queriam porque queriam viver um herói no cinema. E o herói de seu coração era Deadpool. Ele topou interpretar o personagem, ainda que concebido de maneira totalmente desvirtuada, em “X-Men Origens: Wolverine” (2009), em que ele surge como um tagarela mercenário que acaba virando “arma secreta” do vilão. O filme era ruim e teve um rendimento abaixo do esperado pela FOX, o que sustou toda e qualquer ideia de um filme solo de Deadpool . Se até Wolverine saiu chamuscado da empreitada...
O final da primeira década dos anos 2000 estava especialmente próspera para Reynolds que entre boas comédias (“A Proposta”) e dramas convincentes (“Enterrado Vivo”) decidiu dar vida a outro herói enquanto a FOX sequer parecia disposta a ouvir sobre Deadpool. Foi assim que o Lanterna Verde surgiu na sua vida. Além de conhecer sua futura esposa, “Lanterna Verde” pouco fez por Ryan Reynolds. Mesmo com um diretor experimentado no gênero, Martin Campbell (“007 Contra Goldenye” e “Limite Vertical”), coadjuvantes gabaritados (Peter Sarsgaard, Mark Strong e Tim Robbins) e um orçamento de quase US$ 200 milhões, o filme flopou. O humor parecia desarranjado, a história burlesca demais e o filme é evitado até mesmo em reprises na TV.
A draga foi tão grande que a carreira de Reynolds deu uma estagnada depois de “Lanterna Verde” e só foi voltar para os trilhos justamente com “Deadpool”. Campanhas em redes sociais e conversas frequentes com produtores ligados aos filmes dos X-men pautavam o dia a dia de Reyndols até que a FOX aprovou o filme solo de Deadpool. A reengenharia do personagem, no entanto, na avaliação de Reynolds, passava um alto grau de liberdade criativa que exigia um filme para maiores.
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A FOX resistiu, mas acabou cedendo e “Deadpool” se tornou um sucesso avassalador. Para se ter uma base de comparação, “Lanterna Verde” rendeu US$ 219 milhões enquanto que “Deadpool”, orçado em US$ 55 milhões, faturou mais de US$ 780 milhões. Reynolds ficou tão bem na fita que virou dono do filme. Desavenças com o diretor Tim Miller o ejetaram da sequência, que chega em 2018.
Mais do que qualquer outra coisa, Ryan Reynolds provou que vale a pena batalhar por um filme e um personagem em que se acredita. Mas será para sempre lembrado como o cara que avacalhou a DC no cinema e depois satirizou todo um gênero como anti-herói da Marvel . E que antes de Scarlet Johansson e Blake Lively foi noivo da também canadense Alanis Morissette.