Trabalhos e autores do oriente ainda são poucos difundidos no Brasil. Muitos títulos sequer ganham uma tradução para o português, mas isso não significa que essa produção não exista. Para conhecer um pouco melhor a cultural do continente, listamos cinco livros da literatura asiática para desbravar as histórias do oriente. 

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“1Q84” – Haruki Murakami

Literatura asiática: cotado para o Nobel, Haruki Murakami é o autor por trás do romance distópico ''1Q84''
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Literatura asiática: cotado para o Nobel, Haruki Murakami é o autor por trás do romance distópico ''1Q84''

Haruki Murakami é possivelmente o maior nome da literatura asiática da atualidade. Recentemente cotado para ganhar o prêmio Nobel por seus trabalhos, um de seus romances de maior popularidade é o distópico “1Q84”, escrito em três volumes. A protagonista comete um assassinato e, assim, percebe que entrou uma realidade paralela.Aos poucos a história de Aomame vai se entrelaçando com as de outras personagens, organizações suspeitas e crimes, “1Q84” tem um tom surreal para desenvolver seus acontecimentos.

“A Vegetariana” – Han Kang

Literatura asiática: com uma narrativa impressionante, ''A Vegetariana'' reflete opressão social na Coreia
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Literatura asiática: com uma narrativa impressionante, ''A Vegetariana'' reflete opressão social na Coreia

“A Vegetariana” rendeu para sua autora, a coreana Han Kang, o Man Booker Prize pela sua narrativa perturbada e instigante. A história no primeiro plano fala de uma mulher normal que decide, após um sonho, parar de comer carne. Aos poucos o ato começa a tornar sua vida caótica e problemática, com reações extremas e inesperadas de membros da sua família, que rejeitam sua decisão pessoal. A protagonista, então, passa a evitar interações sociais após uma tentativa de suicídio e começa a enlouquecer. Entretanto, “A Vegetariana” é uma alegoria para a forma que a sociedade coreana desrespeita a individualidade e pode ser violenta com as pessoas.

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“O Tigre Branco” – Aravind Adiga

Literatura asiática: Aravind Adiga utiliza ironia para problematizar conflito social das castas na Índia
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Literatura asiática: Aravind Adiga utiliza ironia para problematizar conflito social das castas na Índia

Também vencedor do prêmio Man Booker Prize, Aravind Adiga explora e problematiza com um humor peculiar a diferença entre as castas sociais da Índia . O protagonista do primeiro romance do autor é um jovem pobre vindo de uma casta baixa que mata seu patrão, rouba seu dinheiro, deixa a cidade e investe em seu próprio negócio e, assim, consegue libertar-se do “determinismo” que sua casta lhe impunha. Adiga escancara a desigualdade e a corrupção latente no país, problemas que afetam seu desenvolvimento.

“O Totem do Lobo” - Jiang Rong

Literatura asiática: autor de ''O Totem do Lobo'' utiliza própria experiência para criar as bases culturais chinesas
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Literatura asiática: autor de ''O Totem do Lobo'' utiliza própria experiência para criar as bases culturais chinesas

Baseado na sua própria história, Lü Jiamin sob o pseudônimo de Jiang Rong, escreveu “O Totem do Lobo”, livro que relata sua saída da capital chinesa para a região dos estepes no interior da Mongólia. Lá ele faz uma série de reflexões sobre a sociedade chinesa que, naquele momento, estava vivendo a Revolução Cultural, e insere diversas críticas ao modo de vida do país. Além dos aspectos culturais que percebe ao juntar-se à um grupo nômade da região, Lü Jiaming também aborda o desastre ecológico pelo qual a China passa. O livro vendeu milhares de cópias logo que foi lançado e editoras de vários países pagaram altos valores para traduzir a obra e distribuí-la em diversas línguas.

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“Por Favor, Cuide de Mamãe” – Shin Kyung-Sook

Literatura asiática: o choque da modernidade urbana com a tradição rural é o tema do livro ''Por Favor, Cuide de Mamãe''
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Literatura asiática: o choque da modernidade urbana com a tradição rural é o tema do livro ''Por Favor, Cuide de Mamãe''

“Por Favor, Cuidade de Mamãe” foi um fenômeno recente na literatura asiática, vendendo mais de um milhão de cópias somente na Coreira do Sul. Com uma história cruel e ao mesmo tempo emocionante, Shin Kyung-Sook consegue captar as transformações da contemporaneidade na Coreia através da história de uma família em que o passado e o presente se chocam. O livro é centrado a partir da figura da Mãe da família que faz diversos sacrifícios por sua família, mas, no fundo, ela continua a ser uma pessoa solitária e incompreendida, sendo esmagada pelos rápidos avanços da vida urbana que a separou de seus filhos.

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