Símbolo da contracultura, revista Rolling Stone está à venda
De acordo com o filho de Jan Wenner, fundador da revista, o futuro das publicações impressas é incerto e a intenção com a decisão é “ser proativo para se adiantar à curva”. Publicação foi marco da contracultura
Parece que o cenário das informações impressas tem ficado cada vez mais incerto por conta da era das redes sociais, que tem puxado tudo para o virtual e comprometido o rumo de muitos veículos jornalísticos. Entre eles, está a revista Rolling Stone, prestes a mudar de mãos, já que a editora responsável pela publicação anunciou na manhã desta segunda-feira (17) que colocará sua parte no controle do veículo à venda.
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De acordo com Jan Wenner, o fundador da revista, que completou 50 anos em 2017, a decisão da venda tem fundamento justamente nas incertezas que estão guardadas com o futuro do mercado editorial. Para Wenner, que controla as publicações da Rolling Stone desde 1967 com a Wenner Media e ao lado de seu filho, Gus Wenner, os tempos que estão por vir para a revista parecem desafiadores para uma editora familiar. “Há um nível de ambição que não conseguimos alcançar sozinhos”, declarou Gus ao New York Times no último domingo (17). “Estamos sendo proativos e queremos nos adiantar à curva”, completou.
A Rolling Stone
Ao lado do crítico de música Ralph Gleason, Jan Wenner deu vida à Rolling Stone, revista que não demorou muito para se tornar um veículo icônico de cultura e política dentro do mercado editorial. Desde 1967 até então, a publicação fez história com capas estrelando celebridades ilustres e representativas tanto do mundo da música, quanto da moda, da política e da atuação. Entre elas, Lady Gaga, Paul McCartney, Madonna e Jim Morrison, além de papas e presidentes. Inesquecíveis, as edições da Rolling Stone se tornaram verdadeiros símbolos para o jornalismo.
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Ganhos e dificuldades
Ainda que a Rolling Stone tenha criado críticos culturais de peso e sucesso, as coisas estreitaram para a revista em 2014, quando foi veiculado um caso de estupro no campus da Universidade de Virgínia sem apuração suficiente da veracidade dos fatos. Depois do acontecido, a publicação se retificou, mas um golpe acometeu suas finanças e sua reputação, deixando as coisas mais difíceis.