Rafael Cortez está contente com sua carreira até agora. O humorista, que em março estreou no "Video Show" e desde então acumula as funções de repórter e apresentador eventual da atração, comenta nessa entrevista ao iG
a audiência do programa, diz que tem novos projetos na Globo em 2017 e considera ter chegado à maior TV do País no momento ideal de sua vida.
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"As coisas estão seguindo exatamente o curso que pensei. Quando comecei na TV, em 2008, assinei um contrato de seis meses para o 'CQC' e sabia que se eu desse certo trabalharia um dia na Record, iria para a Globo e, muito possivelmente, entraria no 'Video Show' de cara assim", conta. "Fiquei feliz de entrar na Globo em meu nono ano de TV, é como entrar na faculdade mais velho, você aproveita mais. Se eu tivesse entrado mais moleque teria feito mais merda, estaria mais vaidoso do que grato pela oportunidade", reconhece Rafael Cortez .
"Faço meu trabalho aqui com muito prazer, mas muita maturidade. Não passo de determinado limite não porque alguém me proibiu, mas porque hoje eu sei como se comporta uma TV grande. Eu estou na maior TV do Brasil. É bom fazer parte disso ao fazer 40 anos", comemora.
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"Video Show"
Substituto eventual de Otaviano Costa e Joaquim Lopes , ele fala sobre a experiência todas as tardes ao vivo. "O 'Video Show' não tem nenhuma zona de conforto, quando você pensa que sabe fazer algo porque já fez antes, é ilusão. Tudo foi desafiador. Uma das coisas mais difíceis e mais legais é a imprevisibilidade, todo mundo ali é meio pau pra toda obra, faz bancada e matéria".
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Ele discorda, no entanto, da crise de audiência do programa, que perde com frequência em São Paulo para o quadro "A Hora da Venenosa", apresentado por Fabíola Reipert no "Balanço Geral", da Record. "Isso é muito relativo, se pegar uma faixa de horário, dependendo do conteúdo em alguns dias da semana, pode perder, mas temos considerado as últimas semanas ótimas", minimiza.
"A gente acompanha a audiência, mas não por pressão da emissora ou da direção, mas porque todo mundo que faz televisão gosta de saber, tem esse tesão. O programa é muito superior em audiência, inclusive em São Paulo, sob muitos aspectos estamos anos luz à frente", analisa Cortez. "O 'Video Show' não baixa o nível, tem uma cultura, é um programa de inteligência emotiva da televisão brasileira. A qualidade do programa não se compromete".
Projetos
Quem pensa que ele vai se acomodar na atração em 2017 se engana. "Lanço um livro triste e depressivo, 'Memórias de Zarabatanas', que reúne minhas crônicas e poesias de 2003 até hoje, vou seguir com temporadas regulares do meu show de comédia, 'O Problema não é você, sou eu!' no Teatro Folha (em São Paulo), sigo com 'Música Divertida Brasileira', que é meu resgate de músicas engraçadas da MPB, com a banda Pedra Letícia, do 'Programa do Porchat', e devo fazer um outro projeto de música, investindo nas minhas composições de voz e violão que talvez vire um CD em 2018", enumera.
E na TV, Rafael Cortez? "Meu foco principal em 2017 é a Globo, permaneço no 'Video Show' e tenho uma novidade muito legal para o ano que vem, mas não posso dizer ainda", faz mistério.