Dono do Coachella é acusado de financiar grupos de extrema-direita
Philip Anschutz, dono da empresa organizadora do festival, teria financiado grupos anti-LGBT e contra a causa da mudança climática; leia mais
Por iG São Paulo |
O empresário americano Philip Anschutz
, dono da empresa AEG, organizadora de festivais como Coachella
, Panorama
, FYF e Hangout
, está sendo acusado de financiar grupos de extrema-direita nos Estados Unidos.
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De acordo com o site Afropunk , o dono da empresa organizadora do Coachella contribui ativamente com grupos que militam contra a causa gay e contra as medidas para frear as mudanças climáticas no planeta. Entre eles, estão Alliance Defending Freedom , National Christian Foundation e Family Research Council , grupos conhecidos nos Estados Unidos por lobbys políticos contra leis a favor da causa LGBT.
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Em julho do ano passado, o The Washington Post já tinha chamado atenção para a atuação política de Anschutz. Ele foi apontado como um dos inimigos da igualdade em matéria do jornal.
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As acusações contra um dos empresários mais poderosos dos Estados Unidos pegaram muita gente de surpresa. "A influência de Philip Anschutz na política do Colorado é conhecida há muito tempo, mas seu apoio a grupos extremistas que promovem o ódio é chocante", disse o diretor executivo do ProgressNow Colorado, um grupo que luta por causas progressistas no estado americano.
Mudanças climáticas
Além de se posicionar contra a causa LGBT, o bilionário também nega a existência de mudanças climáticas no planeta e o aquecimento global. Segundo o Greenpeace, ele se encontra duas vezes por ano com os irmãos Koch, donos da Koch Industries, para alinhar estratégias contra o combate às mudanças climáticas.
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O empresário, que também controla o jornal Washington Examiner , também é acusado de usar a mídia para promover suas ideias, principalmente contra o aquecimento global.
Apesar de todas as evidências, as acusações contra Philip Anschutz não geraram boicotes ao Coachella: todos os cerca de 200 mil ingressos para o festival, que acontece em abril na Califórnia, foram vendidos em apenas três horas nessa quarta-feira (4). Ironicamente, uma das atrações principais do evento é Beyoncé, que criticou abertamente uma lei anti-LGBT aprovada pela Carolina do Norte no ano passado.