Elis Regina: interpretação de “Como Nossos Pais” é lançada em áudio espacial
Marcelo de Assis
Elis Regina: interpretação de “Como Nossos Pais” é lançada em áudio espacial

Durante os anos de 1975 e 1977 , a saudosa e icônica Elis Regina (1945-1982) apresentava, cinco vezes por semana, o show Falso Brilhante , no Teatro Brandeirantes em São Paulo. Daquele período, nasceu o álbum de mesmo nome, lançado em 1976 pela gravadora Philips , sendo remixado e remasterizado 30 anos depois.

Nesta sexta-feira (24), 45 anos após o lançamento do clássico disco, chega ao público uma verdadeira pérola Como Nossos Pais , faixa mais conhecida do álbum, em Áudio Espacial, o mais completo e imersivo formato sonoro disponível no mundo atualmente.

Como Nossos Pais é uma composição de outro saudoso artista: Belchior (1946-2017). O cantor lançou a canção como parte do disco Alucinação em 1976, mas foi na voz de Elis que esta poesia se tornou um verdadeiro clássico da MPB.

“É muito simbólico porque a música é um retrato daquele tempo e, simultaneamente, tem valores atemporais. Como a essência da gravação foi concebida num teatro, partimos deste ponto para escolher os parâmetros sonoros da remixagem. O público vai sentir como se estivesse assistindo ao show, sentado num lugar privilegiado da plateia” , conta João Marcello Bôscoli , produtor musical do lançamento.

João se uniu à gravadora Universal Music e aos estúdios Dolby , inventora do formato Dolby Atmos (conhecido no Brasil de Áudio Espacial), para recriar a experiência sonora e contemplativa da canção.

Ao lado do engenheiro de som Ricardo Camera e do diretor técnico da Dolby, Giovanni Asselta , o produtor buscou trazer novas flexões e reflexões para a canção de Belchior, interpretada por Elis , uma das mais marcantes gravações da música brasileira.

“Com o Atmos, pudemos ampliar o estéreo, imergir, trazer um frescor sem tirar a atenção do principal. Tivemos muito cuidado de não transformar a remixagem numa pirotecnia, para não ficar distante do que a Elis concebeu e aprovou. É aquele ‘gasinho’ do refrigerante, sutil, mas que faz toda a diferença”, diz ele, se valendo de analogias para tentar explicar algo tão subjetivo.

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