A entrada da inteligência artificial na indústria musical é muito preocupante .
E isso pode impactar os criadores de música e de conteúdos audiovisuais que já temem que a nova tecnologia promova um impacto negativo em seus trabalhos nos próximos anos.
E o horizonte não é tão distante assim: estamos falando de 2028 .
A CISAC - Confederação Internacional de Sociedades de Autores e Compositores realizou um estudo global sobre o impacto da IA no ecossistema da indústria musical e os relatórios são alarmantes: os profissionais que atuam nesta área do entretenimento podem perder até 24% de suas receitas .
Em miúdos: um prejuízo astronômico de 22 bilhões de Euros (algo em torno de R$ 131 bilhões ).
Agora, um paradoxo: em meio a essas perdas para os profissionais ligados à música, a CISAC observou em seu estudo que o mercado de conteúdo musical e audiovisual gerado por inteligência artificial deve crescer muito nos próximos anos.
Hoje, esse mercado já arrecada 3 bilhões de euros . A projeção é que esse número salte para 64 bilhões de euros em 2028 .
O que isso explica: esse aumento é resultado da reprodução não licenciada de obras realizadas por humanos - algo o qual a indústria musical está tentando combater em todas as suas esferas.
Além disso, a inteligência artificial pode representar algo em torno de 20% das receitas de plataformas de streaming musicais nos próximos quatro anos.
A CISAC - e o mercado musical - entendem que urge a necessidade de uma regulamentação para a IA . A confederação já assimulou que se nada for feito para minimizar esse impacto, uma concorrência desleal estará em curso.
Isso pode representar o fim de carreiras na indústria musical
, impactando negativamente milhões de pessoas ao redor do mundo.