O Spotify está de olho em um negócio que pode ser muito bem rentável à plataforma .
E, diga-se de passagem, aos detentores das obras musicais também.
De acordo com o site Música & Finanças, a empresa está planejando permitir que os assinantes acelerem as suas faixas prediletas e, com isso, realizar o pagamento aos detentores dos direitos delas quando as mesmas, já modificadas, forem ouvidas.
A novidade foi divulgada primeiramente pelo site MBW, que fala sobre o "áudio manipulado" - faixas que foram aceleradas, desaceleradas ou ajustadas de outra forma antes de serem carregadas na internet - está se tornando um fator importante para a indústria fonográfica neste ano.
Em um estudo realizado pela Pex em fevereiro deste ano, foram analisadas 100 milhões de faixas de áudio no TikTok e foi observado que mais de um terço delas (38,03%) de todas as músicas encontradas na plataforma tinha velocidade ou tom que foram modificados em 2023.
Para entrar em uma competição com a popularidade desse áudio modificado no TikTok , o Spotify está supostamente trabalhando em um recurso que poderia permitir que seus usuários criassem versões aceleradas ou desaceleradas de músicas.
De acordo com o The Wall Street Journal , que public ou uma matéria a respeito do assunto em 11 de abril , o Spotify espera que o plano "atraia os usuários jovens, ao mesmo tempo que possa gerar novas receitas para os artistas".
Contudo, a publicação norte-americana observa que "as discussões sobre as ferramentas são iniciais e os acordos de licenciamento ainda não foram elaborados".
O modelo pensado pelo Spotify traria um cenário onde os novos planos poderiam permitir que os ouvintes salvassem suas músicas que foram modificadas usando as novas ferramentas em "coleções virutais" na plataforma, mas eles não poderão compartilhar essas novas versões fora da plataforma de streaming.
Havendo consenso entre o Spotify e os detentores legais das obras musicais, esses recursos de modificação das músicas estarão acessíveis aos assinantes premium da plataforma e esse novo modelo de negócio estará implícito no suposto nível Superpremium da plataforma.
Rasty Turek, fundador e CEO da Pex
, chegou a afirmar ao podcast do MBW que existem mais de 1 milhão de faixas "manipuladas" disponíveis em serviços de streaming de áudio.