Uma "Bússola” na vida do jornalista Guilherme Samora . “Um farol” para a apresentadora Astrid Fontenelle . Em comum, além da paixão por Rita Lee , a dupla divide a experiência de apresentar o podcast que a Globo estreou nesta semana, em parceria com a Globo Livros , em homenagem à Rainha do Rock .
Em um misto de memórias e muitos sentimentos, passando pelo luto e pela devoção pelo imensurável legado deixado por Rita , os dois estão à frente do projeto, construído a partir de uma escuta sensível de personagens que habitam a autobiografia recém-lançada pela Globo Livros . Produzido pela Trovão Mídia , Rita Lee: Outra Autobiografia - O Podcast está disponível no Globoplay e em todas as plataformas digitais.
“Me sinto muito orgulhosa de estar dentro de um projeto que vai reverberar o pensamento e a vida da Rita, em um momento tão difícil para nós. Pedi licença a ela e força à Nossa Senhora – crença que temos em comum – e firmei uma parceria com o Gui para deixar fluir a emoção. Nós dois estamos com o mesmo pensamento: o de fazer com amor. A obra dela não se encerra”, afirma Astrid
.
O projeto é o primeiro podcast companion com o selo Globo Livros
, formato já popular no mercado americano que traz conteúdos inéditos e complementares ao universo e às passagens da vida da cantora mencionadas no livro.
“É um outro tipo de olhar para essa obra da Rita, além de mais uma maneira de chegar nas pessoas. No podcast tratamos de temas do livro, mas também temos bastidores, como curiosidades que a Rita me contou no processo de sua escrita. A capa do livro, por exemplo, seria preta e branca. Ela olhou e falou que queria colorida. Foi lá e ela própria pintou. Trazemos também curiosidades do modo dela de trabalhar. A Rita é tão gênia que não precisa de edição, você não tira uma vírgula”, revela Guilherme
.
Com cinco episódios e publicações semanais
, a série em áudio também trará convidados com passagens marcantes na vida da cantora.
“A seleção de quem participa dessa obra conosco têm muito a ver com momentos trazidos na autobiografia. Em comum, todo mundo celebra o amor por ela” , completa o jornalista.
Astrid vai além e destaca a relevância da obra em retratar a finitude da vida e o legado que a cantora deixa ao relatar seus momentos finais: “A Rita na minha vida era farol, ela estava na minha frente, em todos os sentidos. Mas era como se ela tivesse realmente capinando o mato para eu passar... A nossa cultura, em geral, lida muito mal com a morte. E vai a Rita e lida publicamente com ela, sem meias palavras, sem autopiedade, sem maquiagem. Maquiagem no sentido de dar uma aliviada. E, ao mesmo tempo, trata com uma leveza, um certo tipo de humor, ironia e deboche”.
Ouça: