Com 34 anos de idade, Thaisa Damous está festejando 18 como atriz e 12 como profissional responsável por criar scripts para produções audiovisuais. Para "coroar" esse bom momento, a carioca destacou ao iG Gente que está no elenco de "Cansei de Ser Nerd", do qual também participa do roteiro. A obra cinematográfica tem estreia prevista para este ano.
Soma-se a isso o fato de ela assinar a ideia original de "Cosme e Damião", ao lado de Rafael Portugal e Cezar Maracujá. O projeto é uma das novidades do catálogo do Globoplay, serviço de streaming da Globo.
Por falar na emissora dos Marinho, Thaisa esteve na novela "Vai na Fé", de Rosane Svartman, que tinha Sheron Menezzes como a protagonista Sol. Mas, em seu currículo, ainda constam apresentações de stand-up, peças de teatro e o canal de esquetes "Parafernalha". Confira os melhores momentos do bate-papo exclusivo!
1. Você está envolvida com as gravações de "Cosme e Damião", certo? O que podemos esperar desse seriado?
Com Cezar Maracujá e Rafael Portugal como protagonistas, haverá risos certos. Esses dois personagens são uma homenagem dos meninos a Realengo [bairro que fica na zona oeste do Rio de Janeiro].
2. Como observa o mercado para produções e profissionais novos?
Nosso meio é "resiliência". Tivemos quatro anos de um apagão na cultura e agora temos novamente um respiro.
Há talentos incríveis e atrações nacionais de altíssimo nível, mas precisamos de incentivo público. É que, só com a iniciativa privada, o funil fica muito apertado.
3. O que dá para adiantar do longa-metragem "Cansei de ser Nerd"?
Ah, que o elenco é absurdo de bom, assim como a equipe, direção, fotografia, trilha e arte. Tudo lindo. Conta a história de Aírton, um típico nerd que, no passado, foi acusado injustamente do desaparecimento de uma estudante.
Agora, vinte anos depois, ele volta à festa de reencontro da turma para provar sua inocência e recuperar seu amor. Só que isso com uma mistura de humor nonsense, terror, caos, coisas macabras... Não posso falar mais para não dar spoiler (risos).
4. Diferentemente do que víamos em outras décadas, há uma escassez de humorísticos no vídeo. Como analisa esse cenário? Espera mudanças?
A TV aberta tem mudado com as plataformas digitais, mas faz parte. O rádio exportou os folhetins, e aí surgiram as novelas. Olha que avanço luxuoso!
A televisão vai se reinventar como sempre fez, e os programas mesmo foram mudando sua linguagem, reciclando suas escolhas de tom e resgatando referências anteriores.
5. Como é fazer rir nestes tempos?
É maravilhoso nos preocupar, olhar para o lado e ter empatia. Isso parece óbvio, mas, depois dos últimos anos, fica cada vez mais claro que não é.
Fora que, além de ser, muitas vezes, criminoso, "é cafona, antigo e patético" ver um artista se gabar de ser politicamente incorreto. "Nossa, uau, que brabo ele!" Só que não.
6. O que te tira do "prumo"?
Eu queria dar uma resposta tipo "Miss Universo", porém a verdade é que esquentar comida no micro-ondas e ela vir gelada acaba comigo (risos). Brincadeiras à parte, perco a paciência real quando vejo cena de humilhação e gente que se sente superior.
Tenho pavor da fala "o meu jeito é assim, grosseiro". Acho curioso que só menosprezam subordinados, nunca o grande escalão. Tenho certeza de que 100% dos seres humanos "no corre" vão se identificar.
7. Quais seus sonhos para os próximos 18 anos de carreira?
São tantos, mas continuar escrevendo e atuando são alguns deles. Acredito que a palavra é "realizar". Parece clichê e talvez seja.
No entanto, poder viver, me sustentar, trabalhar como atriz e roteirista é o que continuo desejando para mim e para os meus.