A gaúcha Ana Jeckel está vivendo um momento ímpar nesses seus seis anos de carreira. No elenco de "Tudo Igual... SQN" e "Juacas", ambas da Disney, a artista de 23 anos pode se dar ao luxo de dizer que venceu como melhor atriz do "Digital Midia Festa" em 2022 por conta de sua protagonista na websérie "May@".
Soma-se a isso o lado escritora. Em março, veio o segundo projeto literário, "Nadia Keane – Parte 2". A obra infantojuvenil, que teve seu primeiro volume disponibilizado em setembro de 2022, apresenta o dia a dia de Dimitri, um menino sem memórias resgatado pelo navio Nadia Keane. E, na nova publicação, há personagens trans e a descoberta de uma de gênero fluido. Ela, aliás, é uma das presenças confirmadas na 69ª edição da Feira do Livro de Porto Alegre, que começa nesta sexta-feira (27) com intensa programação cultural.
Pensa que acabou? Não. Ana Jackel ainda é cantora e compositora e lançou algumas faixas. Seus videoclipes podem ser vistos no Instagram e no YouTube, além, é claro, de seu canal no Spotify. Confira o bate-papo na íntegra!
1. Como fez para deixar o seu "gauchês" um pouco de lado para interpretar uma carioca em "Tudo Igual... SQN"?
Com muita dedicação! Tive que aprender a atuar com o sotaque na marra, pois só ganharia o papel se conseguisse fazer isso, e estranhei no início, mas o contato com o elenco e com a galera carioca definitivamente me ajudou!
2. Aliás, o que podemos esperar nessa nova fase?
A Beta continua com a sua paixão pelo skate, mas a arte, o desenho e principalmente o grafite ganham bastante espaço no coração dela.
3. Em paralelo, ainda costuma escrever, bem como produzir, para o público teen. Como é a relação com os fãs?
Incrível! Eu amo receber mensagens de todos eles. É legal perceber que a leitura pode mudar tanto a vida dos mais novos, e é surpreendente ainda ver que esta geração está voltando a se interessar por esse hábito.
4. Ana, você já vendeu mais de 5 mil exemplares de duas autorias sendo "independente" no Brasil. O que significa essa conquista num país que pouco lê e o que te inspira a seguir?
É difícil, pois falta visibilidade no mercado, já que não tenho mais uma editora. Mas a web e as mídias sociais são uma ferramenta importante nesse processo. Se um vídeo ou um post viralizam, alcanço milhares e até milhões de pessoas interessadas em histórias, que podem vir a ser futuros leitores.
5. Como é se dedicar aos jovens e onde busca inspirações?
Um sopro de liberdade. Escrevo o que gostaria muito de ter lido aos 13 anos, então minhas referências são os seriados, filmes e desenhos que consumi durante a pré-adolescência.
6. Quase todo ator sonha em fazer novelas. Tem essa vontade?
Gostaria de ter a experiência, sim. Mas me vejo em longas-metragens e séries atualmente.
7. E quais os seus anseios profissionais?
Um deles é ser renomada na área, com livros distribuídos em todo o país e no exterior. Quero que meus títulos sejam reconhecidos e amados.