Marcelo Bandeira
Exclusivo

Antes de fechar com a Record, Roza Haydêer fez teste para atuar no SBT

A artista é uma das gratas surpresas do elenco de "Reis", que aborda a transição governamental de Israel, dos juízes à monarquia. Na produção, dá vida à Urit

Foto: Reprodução/Instagram
Rosa Haydêer

Roza Haydêer está vivendo um momento ímpar tanto na vida pessoal quanto na profissional. A capixaba de João Neiva, que começou a estudar teatro na época de escola e hoje pode ser vista na quinta temporada de "Reis", conversou com o iG Gente sobre o seu papel na superprodução da RecordTV.  

"Urit é uma das cinco servas de Abigail e Nabal, tem espírito solar, é sonhadora, um pouco impulsiva, cuja tendência é agir mais pela emoção do que pela razão, com o instinto de cuidar e zelar por quem ama. Fala o que pensa, por mais dura que seja a verdade, tendo a resposta na ponta da língua e estando sempre ao lado de suas irmãs do coração", contou. 

Foto: Reprodução/Instagram
Rosa Haydêer como a sonhadora Urit

Depois, questionada sobre os elementos para a elaboração, acrescentou: "Tivemos preparações on-line e presencialmente, leitura e estudo de textos, decupagem e dinâmicas de entrosamento. Criamos uma conexão que se estabeleceu de imediato. Além disso, fomos levadas para o contexto da história, com aulas teóricas e práticas, colocando a mão na massa, aprendendo sobre as funções e atividades pelas quais eram responsáveis". 

Em meio ao descontraído bate-papo, ainda lembrou que o seu début no vídeo ocorreu no ano passado, quando foi escalada para interpretar Nádia, na fase de Jacó, em "Gênesis". Mas, como fez questão de ressaltar, era para ter sido no canal de Silvio Santos, se o comunicador não tivesse engavetado o projeto de levar ao ar o remake de "Patinho Feio", adaptação da argentina "Patito Feo" (2007-2008), para o qual foi aprovada com louvor. Veja os melhores momentos da entrevista na íntegra!

Foto: Divulgação
Rosa Haydêer

1. Você começou a fazer teatro ainda pequena, na sua cidade no interior do Espírito Santo. Imaginava chegar tão longe e conseguir trabalho na TV?

Sempre fui sonhadora e cresci com um incentivo forte da minha família. Projetei viver o que estou vivendo hoje, mas não presumia que seria de forma tão intensa, transformadora e bonita. Sem dúvida, as coisas estão acontecendo melhor do que poderia imaginar e do jeitinho que não sabia que precisava. Compreendia que não seria fácil e não almejava que fosse, muito menos rápido, mas acreditava no que estava disposta a fazer para alcançar os meus sonhos. 

2. O que tem aprendido com a Urit, de "Reis"?

Tenho assimilado e fortalecido, cada vez mais, o significado de ser amiga e mulher com cada situação proposta e o seu zelo, com as limitações da época, o trabalho árduo e suas vontades e desejos, sua voz. É o máximo observar que, a cada cena que gravamos, vamos descobrindo e aprendendo algo novo. A construção é algo cíclico. Coisas que antes ainda não enxergava, simplesmente, aparecem e surpreendem. Vou conhecendo mais dela a cada momento, uma camada a mais, e, com isso, tenho absorvido muito com a sua imensidão.

3. Você está em seu segundo trabalho no vídeo. Quais são os seus desejos? Dá para contar alguns?

Quero continuar explorando o audiovisual, interpretar personagens diversos, enfrentar novos desafios, desfrutar de novas histórias e ver até onde isso pode me levar. O sonho é este: viver mil e uma vidas, mil e uma realidades. Quero experimentar o máximo que posso desse universo. 

Foto: Divulgação
Rosa Haydêer

4. Cada vez mais vemos artistas comentando sobre o fato dos números de seguidores na internet influenciar na escalação para trabalhos. Como você vê esse aspecto? Já sofreu com isso?

Nunca passei por uma situação dessas, mas é algo que acontece, sim, infelizmente, e já vi acontecer. É triste colocar algo "tão superficial" em cima de competência, talento, disciplina e vocação. Até porque são anos e anos estudando, correndo atrás, cada um na sua realidade, tendo abdicações, dias e noites quebrando a cabeça e buscando se reinventar em novos conhecimentos. A meu ver, é frustrante ter a sua arte "julgada" por um universo irreal que são as redes sociais. 

5. Roza Haydêer, que já dirigiu, fez figurino e produziu peças, imagina em algum momento se tornar uma produtora profissional?

Eu penso em expandir e conhecer mais a fundo sobre cada etapa de produção. É algo que me interessa. Há muitas funções por trás das câmeras até a obra ser feita, e acho também que esse conhecimento é algo que enriquece qualquer artista. Quando estamos em frente às câmeras e tendo toda essa bagagem, noção e sensibilidade do trabalho de cada um da equipe, entendemos melhor os espaços, as diretrizes e cada escolha dos profissionais ali presentes. Além disso, ficamos mais confortáveis em set. Então é algo que almejo, sim, futuramente, unir esse lado com a atuação.

Foto: Divulgação
Roza Haydêer

6. Você se vê em cena? É crítica?

Confesso que não gosto de me assistir, mas me vejo, sim. Acredito ser importante como forma de estudo. É algo natural o ator acabar achando que poderia ter sido melhor, feito diferente, explorado a cena de outra maneira. É normal e acontece, até porque estamos constantemente mudando, em estado de evolução, e isso reflete na nossa arte. 

7. Como se vê daqui a duas décadas artisticamente falando?

É uma pergunta difícil! Nunca parei para imaginar tão distante assim, nem consigo ter uma ideia. Canalizo uma energia de prosperidade em cima disso, seguindo o fluxo do que estou vivendo a cada momento presente, mas me vejo realizando.