Ao iG, protagonista do musical "Cinderella" revisita carreira no teatro e na TV
Fabi Bang já venceu o prêmio Bibi Ferreira de "melhor atriz" por sua interpretação como Glinda, em "Wicked", e de "melhor atriz coadjuvante" por sua Lois Lane, em "Kiss Me, Kate", na segunda edição do prêmio Reverência
Respirando arte de diversas formas, a carioca Fabi Bang ficou conhecida por sua atuação na montagem brasileira de "Wicked", baseada no livro do escritor americano Gregory Maguire, na qual interpretou Glinda, e como Ariel em "A Pequena Sereia", só para citar algumas produções que fizeram sucesso na Broadway.
Entretanto, seu interesse pelo trabalho artístico teve início quando tinha apenas três anos, época em que começou a estudar ballet clássico. Aos dezoito, tornou-se bailarina profissional e integrou o corpo de baile de várias companhias de dança contemporânea do Rio de Janeiro e de Hamburgo, na Alemanha.
Mas não foi somente no teatro musical que ela mostrou a que veio, não. Na televisão, também. Fabi, que atualmente está em cartaz no Teatro Liberdade, em São Paulo, no papel principal de "Cinderella", deu as caras na novela "Rock Story", como Nina, uma cantora que publicamente afirmava que era irmã de Miro, personagem vivido por Guilherme Logullo, quando, na verdade, era namorada dele. Casada com o produtor Rique Azevedo, é mãe da pequena Isabel, de dois anos.
Em bate-papo exclusivo com o site, a artista falou sobre vida, carreira e peças que fazem parte da sua trajetória, como "O Fantasma da Ópera", "Miss Saigon", "A Bela e a Fera", "Cats", "Evita", "Cabaret", "Priscilla, a Rainha do Deserto", "A Família Addams", "O Homem de La Mancha" e "Kiss me Kate". Confira os melhores momentos na íntegra!
1. Quando você descobriu sua vocação para as artes cênicas?
Desde muito nova, eu já me sentia artista em vários aspectos, mas o lado atriz falava mais alto que todos os outros.
2. O que a música representa em sua vida?
É o remédio da minha alma, minha forma de comunicar, desde sempre.
3. Qual foi o papel que você fez que mais te marcou?
A Glinda, de "Wicked", mudou a minha vida.
4. Você se considera uma atriz de teatro musical?
Não, mas, sim, aquela que ama muito esse tipo de segmento.
5. A que personagem você ainda gostaria de dar vida no palco ou na TV?
Quero muito viver uma vilã na televisão!
6. Em "Rock Story", você interpretou a cantora Nina. Foi sua primeira personagem na teledramaturgia. Como foi essa experiência?
Foi um momento muito desejado. Eu sempre sonhei em fazer novela, mas não imaginava que esse sonho aconteceria concomitantemente ao meu primeiro musical como protagonista. Foi incrível!
7. Como está sendo retornar aos palcos com o musical "Cinderella"?
Tem sido um reencontro muito especial com o palco, os colegas e o público. É um sentimento de pertencimento, de voltar a ser útil à sociedade, de realização. Sou grata por esse momento e retomada.
8. Como é viver a protagonista Cinderella em tempos modernos?
É revelador atuar nesse conto de fadas em pleno 2021! Encontrei vários aspectos possíveis para a interpretação de uma personagem tão clássica e conhecida do grande público, trazendo a minha Cinderella para uma lente com a qual todas as mulheres possam se identificar em algum momento.
9. Sua filha tem dois aninhos. Ela já te viu no palco? Qual é a reação dela ao ver a mãe de princesa?
Já assistiu a várias apresentações de "Cinderella" e não pisca. Eu adoraria saber o que se passa na sua cabeça. Meu palpite é de que deve haver um grande emaranhado, que eu e meu marido tentamos alinhar, mostrando-lhe que, na minha profissão, existem duas realidades: a do palco e a da plateia. Ela vive as duas experiências convivendo comigo e com meus colegas nas coxias e, em seguida, vendo o show. A cada dia percebo que isso vai fazendo cada vez mais sentido na cabecinha dela!
10. Como você concilia a maternidade com o dia a dia do trabalho?
Tento descansar o máximo possível, pois ambas as atividades exigem muito de mim. Mas meu marido é um paizão, que assume 100% a demanda da Isabel aos fins de semana, para me liberar e me manter focada no espetáculo. Mas confesso que é uma necessidade minha tê-la na plateia nos sábados ou domingos, pois, assim, entre um ato e outro, eu dou um beijo e sinto o cheirinho dela. Se não fosse isso, eu morreria de saudades!