Forte, engajada e determinada, Taty Zatto, que foi alçada à fama nos anos 2000 ao lado de Ronaldinho como a dupla de funk Princesa e Plebeu, dona dos hits "Essa Garota" e "Respeita Papai", se destaca em diferentes áreas e exerce múltiplas habilidades.
Especializada em terapia de família, com formação pela UFRJ, já emplacou música no CD "Pancadão do Caldeirão", do "Caldeirão do Huck", foi capa da revista "Playboy", participou do "Show da Virada", da Globo, e mais recentemente brilhou no elenco da quarta edição do reality show "Power Couple Brasil", comandado por Gugu Liberato, na RecordTV. Agora, atua também como DJ.
A loira, que já provou não ser amante da zona de conforto, também substituiu shows cancelados devido à pandemia da Covid-19 por apresentações na web. No próximo sábado, dia 9, às 19h, por exemplo, transmitirá via YouTube o projeto "Na Varanda com Taty Zatto".
"Nós, artistas, fomos os primeiros a parar e seremos os últimos a voltar", destacou, com exclusividade ao iG Gente e à Coluna Marcelo Bandeira. Prepare-se, porque está demais!
1) Você participou ao lado do seu marido, o empresário Marcelo Braga, do "Power Couple Brasil 4", da RecordTV. Pode nos contar como foi essa experiência?
Maravilhosa. Tanto no lado pessoal como no profissional, afinal, aumentou a nossa visibilidade, e isso deu um retorno. Eu e o Braga, com certeza, saímos mais fortalecidos como homem e mulher da "Mansão Power".
2) Como é ver o seu enteado de 18 anos abrindo shows para famosos e fazendo sucesso como o DJ Braga?
Tenho muito orgulho. Quando comecei com o Braga, ele tinha 11 meses. Eu o peguei bebezinho no colo. Então, é muito legal ver o crescimento profissional dele e o homem que está se tornando.
3) Você é psicóloga formada pela PUC e pós-graduada em Terapia de Família pela UFRJ, certo? Atua ou já atuou na área?
Sim. Antes de entrar para o meio artístico, atendi durante três anos em consultório.
4) Existe algum momento que possa definir como o mais marcante da carreira?
Na época da dupla Princesa e Plebeu, acho que participar do "Show da Virada", da Globo, em meio a tantas estrelas nacionais. Incrível! Agora, como DJ, ter sido a primeira mulher a tocar no festival "Brazilian Day". Foi lindo!
5) Quando deixou de ser a MC Taty Princesa para ser a DJ Taty Zatto? Como foi a transição?
Sempre fui metida a mexer no equipamento do meu DJ (risos). Até que resolvi fazer um curso com Phabyo, que é um dos maiores do meio e conhecido por comandar o famoso e tradicional Baile do Castelo das Pedras. Com o curso, vieram a paixão e o entendimento de que era aquilo que eu queria, porque acabava associando as duas coisas e cantando no meio do show. Por falar nisso, viajo por todos os ritmos: funk, deep, eletrônico e pop. O palco é o meu grande lance, e tocar e comandar o público através do meu set, a minha grande paixão.
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6) Agora, vamos falar sobre Gugu. Qual sua melhor lembrança dele?
Ai, chega a doer o coração! Imagine um cara gente boa. Agora, multiplique por 100. Esse era o Gugu. Lá no reality, era ele quem nos trazia tranquilidade nos dias de provas e de eliminações. Um dos momentos mais emocionantes foi quando anunciou a DR entre mim e o Braga e a Nicole Bahls e o Marcelo Bimbi. Ele sabia que éramos muito amigos, e no seu olhar a gente via que sentia dó. Muito querido. Só tenho gratidão e boas lembranças.
7) Você ganhou um cachorrinho de Nicole Bahls e o batizou de Gugu, né? A escolha do nome se deu após a morte do apresentador e como forma de homenageá-lo?
Sim. Fizemos uma live nessa quarentena para eu conhecê-lo, já que não poderia ir visitá-los. Pedimos sugestão para quem estava nos acompanhando durante o bate-papo. Aí, falaram alguns nomes, mas Gugu apareceu várias vezes. Acho que todos notaram o quanto eu e Nicole o admirávamos e éramos gratas.
8) Como você decide o que no seu dia a dia é totalmente pessoal e o que pode ser compartilhado?
Não tenho muito critério, não (risos). Só respeito a privacidade dos meus filhos, porque eu e o Braga escolhemos ter uma vida pública, mas eles, não.
9) Você deixa de fazer coisas que tem vontade por receio de ser julgada?
Nunca, jamais. Fui julgada quando troquei a psicologia pelo funk e posei para a "Playboy", mas, graças a Deus, sempre tive cabeça para aceitar críticas numa boa. Faz parte, não tem jeito.
10) Mudando de assunto, como você faz para manter esse shape sempre sequinho? Segue uma rotina rígida de exercícios mais alimentação?
Reeduquei minha alimentação, e isso mudou minha vida. Sempre treinei, mas a alimentação, na minha opinião, é fundamental para manter o shape e a saúde.
11) Concorda com o título de uma matéria da "Folha de S. Paulo" que diz: "Famosos querem ser gente comum na quarentena, mas só enfatizam desigualdade"?
Nunca fui adepta da ostentação, né? Sou muito povão mesmo. Gosto de tudo simples e natural! E tenho pensado muito nisso nestes tempos. Acho fundamental que as pessoas se preocupem com aqueles que não têm o que comer em casa. Acho que, agora, mais do que nunca. Não deve haver espaço para ostentar. É muito sério, tem gente deprimida, sem ter como alimentar os filhos.
12) A pandemia e o isolamento afetaram especialmente a vida dos artistas, que estão tendo que se reinventar. Como vê tudo isso?
Reinvenção é a palavra da vez. Nós, artistas, fomos os primeiros a parar e seremos os últimos a voltar. E as lives têm sido uma ótima forma de alcançar o público. Estou com o projeto "Na Varanda com Taty Zatto", em que toco na área comum do condomínio para as famílias, e é muito bacana ver a emoção de todas elas. Está todo mundo muito carente mesmo. Só para se ter ideia do carinho: elas acenam, piscam luzes, batem palmas e se emocionam junto comigo.
13) Como é se preparar para fazer um show sem plateia, Taty?
Quando não há plateia, perde grande parte da graça. Afinal, a troca com o público para mim é essencial, mas nesse momento é bacana preparar uma live, porque, de alguma forma, você vai alcançar as pessoas que curtem o seu trabalho e que sentem falta dos seus shows!
14) A situação política atual tem atrapalhado?
Nossa, fico muito triste em saber que, além de todo caos que estamos vivemos, ainda temos uma guerra política. Nosso povo não merecia isso, não.
15) Você acredita nesse "novo normal" que as pessoas falam sobre a vida pós-pandemia?
Acredito que não seremos os mesmos. Eu, por exemplo, já não sou. O confinamento de um reality já muda a nossa visão de mundo, imagina um confinamento forçado por conta de uma desgraça mundial? Mas creio que sairemos mais fortes e mais humanos disso tudo.