A segunda temporada de A Grande Conquista estreou nesta segunda-feira (22), na Record, com duas baixas no elenco por motivos de saúde. Uma delas foi revertida a tempo, mas outra participante segue afastada e isolada dos demais integrantes por ter contraído Covid-19. No total, neste momento, constam 99 jogadores. Mas o elenco pode atingir o total de 100 pessoas, como planejado inicialmente, caso a "conquisteira" se recupere a tempo.
Quem ficou de fora é a youtuber indígena Ysani Kalapalo, de 33 anos, natural do Parque do Xingu (MT). Ela testou positivo na fase do pré-confinamento e foi automaticamente isolada assim que recebeu o diagnóstico. Mas nem tudo está perdido para ela.
A coluna apurou que a Record não a descartou ainda do elenco porque a direção avaliou que caso ela se recupere até quarta-feira (24), antes da edição ao vivo, o jogo não ficará comprometido. Será neste dia que o reality terá a primeira prova que definirá quais participantes integrarão a primeira Zona de Risco e ficarão próximos da eliminação.
Caso a youtuber receba o diagnóstico de negativo para a doença, poderá ser integrada ao time. E irá direto para a Casa Laranja, sem nenhuma regalia extra por conta de seu quadro clínico. Segundo nossas fontes, Ysani não tem apresentado sintomas graves e as chances de recuperação até a data estipulada são grandes.
O elenco foi confinado no último domingo (21), e participou das primeiras dinâmicas sob o comando de Rachel Sheherazade. Entre elas, a divisão dos 98 participantes entre as três casas. Além de Ysani, o grupo teve outro desfalque, o cantor Vinigram, filho de Netinho de Paula.
Ele havia testado positivo para Influenza antes do início das gravações, mas foi liberado pela equipe médica na noite de domingo e acabou integrado à Casa Laranja, onde dormiu na primeira noite.
Quem é Ysani Kalapalo?
Há 13 anos, iniciou a jornada nas redes sociais para divulgar e defender o ativismo em prol dos povos indígenas. Organizou manifestações em defesa dos direitos dos povos originários. Participou da Rio+20 e representações na ONU. Faz palestras sobre a cultura e os direitos dos povos indígenas em escolas.
Em 2018, ela liderou uma frente de indígenas que apoiaram a candidatura de Jair Bolsonaro à presidência do Brasil, e no ano seguinte chegou a viajar com ele até a sede da ONU, em Nova York, depois de eleito. Também se hospedou no Palácio do Alvorada, em Brasília, ficou próxima à ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro.
Por conta de seu posicionamento político, passou a ser vista com maus olhos pelos integrantes de sua comunidade e de aldeias vizinhas. Mas em 2020, declarou publicamente ter se arrependido de apoiar Bolsonaro, e passou a tecer críticas ao ex-presidente.