Gabriel Perline

Henri Castelli pede sigilo em processo por agressão; Justiça rejeita

O ator expôs o episódio publicamente em um vídeo divulgado em suas redes sociais dias após o fato

Foto: Reprodução
A Justiça paulista rejeitou o pedido de sigilo feito pelo ator Henri Castelli

A Justiça paulista negou o pedido de sigilo feito por Henri Castelli no processo em que o ator cobra uma indenização de ao menos R$ 412 mil por agressão que sofreu em dezembro de 2020 em Alagoas. O artista expôs o episódio publicamente em um vídeo divulgado em suas redes sociais dias após o fato. Às lágrimas, afirmou que havia sido "covardemente agredido", mostrou a fratura em sua mandíbula e afirmou que processaria os responsáveis.

O ator pediu o sigilo processual em uma petição apresentada no dia 14 de novembro dizendo que o seu direito à intimidade estava sendo ferido com a divulgação de notícias referentes ao processo. "Apesar de transcorrido quase três anos do evento [a agressão], a imprensa não deixou de publicar notícias sobre o caso", afirmou à Justiça.

Ele citou o UOL e afirmou ter ficado "indignado" com a publicação de um laudo pericial sobre a agressão em que o ator ficou com uma sequela permanente (parestesia - perda de sensibilidade da pele na região em que foi atingido).

A juíza Luciene Cristina Silva Tavares rejeitou o pedido por considerar que não se enquadra nas hipóteses de segredo judicial previstos no Código de Processo Civil. "Trata-se de fatos narrados sem exposição da intimidade do autor [do processo]", declarou.

Agressão

O ator cobra uma indenização de R$ 400 mil do empresário Bernardo Amorim e do corretor de imóveis Guilherme Accioly Ferreira. Ele afirma que foi agredido pelas costas num restaurante, "por duas pessoas que não conhece" e com quem "nunca manteve diálogo ou qualquer tipo de relação".

"Foi muito triste o que aconteceu comigo. Fui agredido covardemente sem chance de me defender. Eu estava com alguns amigos e, do nada, fui puxado pelas costas, jogado no chão e agredido, vítima de socos e chutes no rosto", disse no vídeo publicado nas redes sociais.

Na defesa apresentada à Justiça, Accioly Ferreira disse que Castelli iniciou a confusão e que ele estava completamente "alterado e imbuído de uma valentia desnecessária" em razão de um entrevero por questões profissionais com o empresário Bernardo. Segundo ele, o ator foi em direção ao empresário "para tirar satisfação e enfrentá-lo através de contato físico".

Guilherme disse que, ao tentar separá-los, sofreu um soco no rosto desferido por Castelli. Então, por "instinto", deu-lhe um único soco "em reação à agressão que sofrera antes".

Bernardo Amorim disse que a narrativa de Castelli é "esdrúxula" e que ele "inverte toda a situação".

Afirma que havia franqueado o acesso de Castelli a uma festa em um estabelecimento do qual é proprietário, bem como emprestado uma embarcação ao ator para que ele aproveitasse o final de ano no litoral de Alagoas. Ao encontrá-lo posteriormente no restaurante, quis saber se tudo havia corrido bem, mas Castelli, segundo ele, teria respondido que a festa tinha sido uma "bosta".

O empresário disse que, mais tarde, Castelli o procurou com provocações. "Pegue aqui", teria dito, segurando a genitália. Em seguida, o ator teria tentado lhe desferir um soco, que acabou atingindo Guilherme. Bernardo constou que só revidou a agressão em legítima defesa.

* Texto de Lívia Carvalho
Lívia Carvalho é estudante de Jornalismo e apaixonada por cultura pop. Antes de entrar no time da coluna, foi produtora, apresentadora e repórter no programa Edição Extra, da TV Gazeta. Siga Lívia Carvalho no Instagram: @liviasccarvalho