A residência da apresentadora Hebe Camargo foi finalmente negociada. O patrimônio de mais de 7 mil metros quadrados estava à venda e chegou a ser leiolado em 2017 por cerca de R$ 60 milhões. Agora, o comprador teve que desembolsar cerca de R$ 30 milhões para desfrutar da grandiosidade do espaço, que conta com uma capela, jardim com palmeiras, uma piscina gigante e móveis de luxo que compõem o espaço. Segundo o filho da comunicadora, Marcello Camargo, houve dificuldade para se desfazer do imóvel devido ao tamanho e o preço.
"A casa não é minha. Temos uma composição de porcentuais entre nós", explica Marcello. Segundo ele, tudo foi acordado entre ele e Claudio Pessutti, sobrinho de Hebe que morou na mansão depois que a apresentadora morreu, em 2012. O filho diz que a mãe não manifestou em vida o desejo de que os dois dividissem seu patrimônio. "Foi um desejo meu. O Claudio dedicou grande parte da vida dele para ela. Achei justo dividir", disse em conversa ao Estadão.
Depois da morte de Pessutti, em 2021, Marcello, Helena e Claudinho, os herdeiros de Pessutti, decidiram colocar o imóvel à venda. Segundo o filho de Hebe, a apresentadora foi muito feliz na casa. "Eu sempre disse para minha mãe que a casa era enorme, mas ela dizia que amava lá, que era tudo tão lindo. E ela tinha esse direito. Comprou com o dinheiro do trabalho dela e pôde desfrutar muito da casa", contou.
Os carros que pertenceram a Hebe também foram vendidos. Eram cinco Mercedes-Benz. Três delas ficaram com Cláudio Pessutti e duas com Marcello. Com a morte de Pessutti, Helena, a viúva do sobrinho de Hebe, e Marcello decidiram se desfazer dos veículos, que estavam parados e demandavam muita manutenção. Restou apenas um, na cor branca, que é de Marcello.
Camargo aproveitou para explicar uma polêmica envolvendo o imóvel em que Hebe morou durante os anos em que se relacionou com o empresário Lélio Ravagnani. Depois da morte de Hebe, começaram a circular imagens dessa casa, em péssimo estado de conversação.
O apresentador afirma que, na verdade, o imóvel pertencia a Ravagnani e que Hebe deixou o local assim que o marido morreu, no ano 2000. "Ela entregou uma chave para a filha e outra para o filho de Lélio. E nunca mais voltou para lá", conta Marcello, que morou com a mãe e o padrasto na casa.
Segundo o filho de Hebe, ela teve dificuldades para se adaptar à casa de Lélio quando se mudou para o imóvel, em 1979. "A casa era o grande sonho de Lélio. Minha mãe, no primeiros dias, chorava. Dizia que sentia falta da casa do Sumaré, onde eu nasci, que ela comprou em 1954, com financiamento da Caixa", contou.
O apresentador compareceu nessa quarta-feira (20) à cerimônia de abertura da Casa Hebe, local idealizado pela empresária Lydia Leão Sayeg destinado a guardar e preservar o acervo deixado pela apresentadora, como roupas, sapatos, bolsas e prêmios.
*Texto de Lívia Carvalho
Lívia Carvalho é estudante de Jornalismo e apaixonada por cultura pop. Antes de entrar no time da coluna, foi produtora, apresentadora e repórter no programa Edição Extra, da TV Gazeta. Siga Lívia Carvalho no Instagram: @liviasccarvalho