Gabriel Perline

Filho de Elizabeth Savala releva diagnóstico de autismo aos 47 anos

Thiago Picchi confirmou o transtorno e ressaltou coragem de colega que fez o mesmo

Foto: Divulgação
O escritor descobriu o transtorno após ser diagnosticado com depressão

Thiago Picchi, filho da atriz Elizabeth Savala, revelou que tem Transtorno do Espectro Austista, aos 47 anos. De acordo com o escritor, ele conseguiu falar sobre o diagnóstico após assistir a uma entrevista da atriz Letícia Sabatella comentando sobre o assunto.

Em um vídeo publicado no Instagram, Picchi contou mais detalhes: "Sou muito solidário, e minha admiração pela Letícia Sabatella só aumentou pela coragem que ela teve de se expor e de fazer gente como eu se sentir menos estranha em vir aqui na própria rede social para falar para o maior número de pessoas que eu tenho esse diagnóstico".

"Me tira um peso enorme das costas poder falar abertamente sobre isso e poder fazer com que as pessoas me conheçam do jeito que eu sou sem eu ter que simular ou aparentar alguma 'normalidade'. Eu sou neurodivergente. Já imagino pessoas maldosas ouvindo isso, porque a bondade é algo difícil de você disseminar. Imagino dizendo: 'Agora todo mundo é autista, só porque saiu na mídia'", desabafou.

Segundo o escritor, ele descobriu o autismo ainda neste ano e realizou consultas médicas quando especialistas suspeitaram de alguns sinais. Na época, Picchi enfrentava quadros de depressão e o diagnóstico piorou esse aspecto.

"Sempre fui para onde eu quis na minha vida, e esse diagnóstico significa que ser neurodivergente não é um impedimento para nada na vida de ninguém. É apenas uma forma diferente, mas não pior, de ser", afirmou.

"Aos 30 anos, uma psicóloga suspeitou do meu diagnóstico, e eu fui em outra psiquiatra, passei por uma bateria de exames. Deu que eu tinha TDAH, mas eu não queria aceitar, dizia que era apenas um rótulo, mas agora iniciei o tratamento para isso", completou.

"O mais importante são as formas adequadas de se tratar, porque o que eu descobri é que os episódios de depressão constantes são como se fossem comorbidades do meu diagnóstico não tratado, e que isso demoraria para passar", concluiu.

*Texto de Júlia Wasko
Júlia Wasko é estudante de Jornalismo e encantada por notícias, entretenimento e comunicação. Siga Júlia Wasko no Instagram: @juwasko