Nesta quarta-feira (9), o diretor de teatro Aderbal Freire Filho morreu no Rio de Janeiro. Aos 82 anos, o veterano esteve internado no Hospital Copa Star por sofrer complicações de um AVC hemorrágico que sofreu em 2020. Ele estava casado com a atriz Marieta Severo.
A informação de sua morte foi confirmada por familiares. O diretor iniciou sua carreira artística com apenas 13 anos, quando atuava em grupos amadores e semiprofissionais de teatro.
Além disso, Aderbal era formado em Direito, mas não exercia a profissão. Em 1970, mudou-se de Fortaleza para o Rio de Janeiro para estrear como ator em Diário de Um Louco, de Nikolai Gogol.
Já sua carreira como diretor teatral ganhou reconhecimento por sua ousadia experimental e montagens diferentes. Nesta função, Aderbal estreou dois anos após sua chegada no Rio de Janeiro, com a peça O Cordão Umbilical, de Mário Prata.
Em 1973, fundou o Grêmio Dramático Brasileiro, com peças nacionais como Manual de Sobrevivência na Selva, também de Roberto Athayde, Pequeno Dicionário da Língua Feminina e Réveillon, ambos de Flávio Márcio.
Na TV, fez raros trabalhos. Em sua biografia, estão listadas a participação em um episódio do clássico Confissões de Adolescente (1994), da TV Cultura, e nas séries Dupla Identidade (2014) e Tapas & Beijos (2015), ambas da Globo. Também foi apresentador do programa Arte do Artista (2012-2016), exibido na TV Brasil.
Muitos anos depois, o diretor tornou-se referência na defesa da integração do teatro brasileiro com os demais países da América do Sul. Durante anos, encenou em peças entre Brasil e Uruguai, e em 2018, recebeu o título de visitante ilustre pela Câmara Municipal de Montevidéu.
*Texto de Júlia Wasko
Júlia Wasko é estudante de Jornalismo e encantada por notícias, entretenimento e comunicação. Siga Júlia Wasko no Instagram: @juwasko