Gabriel Perline

Luisa Marilac leva hospital ao tribunal após ser vítima de transfobia

A youtuber processou o hospital por ser destratada por funcionários durante atendimento médico

Audiência de processo movido pela youtuber contra a unidade hospitalar acontece essa semana
Foto: Reprodução/Instagram
Audiência de processo movido pela youtuber contra a unidade hospitalar acontece essa semana

Em abril de 2022, Luísa Marilac enfrentou problemas com o Hospital Santa Rica, na Vila Mariana em São Paulo, ao ser proibida de realizar internação e ser destratada por funcionários. Nesta semana, a youtuber participará de uma audiência em virtude de um processo que abriu contra o hospital por transfobia.


De acordo com seu advogado, Tiago Retes, o objetivo da ação é investigar os acontecimentos, como terem tratado a paciente no masculino em evidente ato de transfobia, se recusado a realizar triagem -- apesar de apresentar quadro que se enquadraria como urgência --, se recusado a proceder à internação da paciente e prolongado de forma totalmente injustificada atendimento da paciente.

Além disso, o mesmo reforçou que essa é uma ação preparatória, então ainda não há pedido de indenização financeira. "Porém, acreditamos que, caso os depoimentos a serem prestados na audiência de amanhã confirmem os fatos acima, haverá a possibilidade de realizarmos um acordo para reparação dos graves danos sofridos pela Luisa", disse.

Mesmo que não haja um acordo, será realizada uma ação subsequente com o perdido de reparação dos fatos e indenização financeira.

Na ocasião, a youtuber ficou mais de 12 horas aguardando sua internação, que não foi liberada mesmo com seu médico, Tiago Marra tentando agilizar os funcionários do local. De acordo com Tiago, ele deu entrada com ela, mas chegando no hospital foi tratada no pronome masculino.

"Eles simplesmente proibiram a minha entrada. Falaram que não vão me atender aqui. Só de eu chegar aqui hoje, na falei 'olá, bom dia' [na recepção], a menina respondeu: 'O que o senhor deseja?'. Falei: 'Senhor o caralho'. Então você percebe que é um ambiente completamente transfóbico. Doutor chamou advogado, veio polícia. Meu peito está enorme, estou morrendo de dor", disse Luísa.

*Texto de Júlia Wasko

Júlia Wasko é estudante de Jornalismo e encantada por notícias, entretenimento e comunicação. Siga Júlia Wasko no Instagram: @juwasko