Gabriel Perline

Felipe Moura Brasil sai da CNN Brasil e jornalista fala em retaliação

Comunicador deu indireta sobre o assunto nas redes sociais logo após a notícia de demissão viralizar

Felipe Moura Brasil em programa da CNN Brasil
Foto: Reprodução
Felipe Moura Brasil em programa da CNN Brasil


Fora da CNN Brasil desde quarta-feira (19), Felipe Moura Brasil tem uma visão diferente pelos motivos que o fizeram sair do canal de notícias. Enquanto a emissora afirmou por meio de nota que o comunicador foi desligado por comum acordo após não ter chegado a um acordo sobre suas próximas aparições, o ex-âncora do CNN Arena afirmou nas redes sociais em um recado que "nunca deixará a vigilância ácida por medo de retaliação". 


A notícia da demissão do jornalista foi confirmada pela coluna de Monica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Em nota enviada ao veiculo, a CNN Brasil disse que ela e Moura Brasil  "decidiram, em comum acordo, pelo distrato do contrato por não terem chegado a um consenso sobre a conciliação das diferentes frentes de trabalho do jornalista com as demandas da emissora".

O comunicador, por sua vez, pensa diferente. Em um recado replicado em todas suas redes sociais, o jornalista afirmou que acreditou ter sido derrubado do canal do notícias após ter zombado da Procuradora Geral da República por ter denunciado o senador Sergio Moro por calúnia contra o ministro do STF, Gilmar Mendes. Na ocasião, o política afirmou em uma conversa que o magistrado vende habeas corpus. 

"Jamais fui nem serei cúmplice da prisão de alguém, só por piadas privadas, vazadas em registros de terceiros. Tive a mesma posição, em épocas distantes, com Lula (Pelotas), Hillary Clinton e Sergio Moro, entre outros", disse ele. 

"Seguirei ironizando denúncias ineptas sobre isso - sem data, local, contexto - e/ou contra desafetos do sistema, ainda mais quando eu mesmo divulgar um vídeo que confirma o contexto da brincadeira (como 'prisão' de festa junina). Ironizar erros e abusos de autoridades públicas é tradição na imprensa brasileira (Lima Barreto, Pasquim, Nelson Rodrigues, Paulo Francis, Diogo Mainardi, entre outros), assim como pedidos de cabeça por parte delas. Nunca deixarei a vigilância ácida por medo de retaliação", finalizou. 

*Texto de Daniele Amorim
Daniele Amorim é jornalista formada pela Anhembi-Morumbi com pós-graduação na USP. Apaixonada por música, séries, futebol, maquiagem e falar amenidades no Twitter. Siga: @eudaniamorim.