O vocalista da banda Aerosmith, Steven Tyler, de 74 anos, virou alvo de processo por abuso sexual de uma menor, em 1970. Mesmo sem o nome mencionado, a ação, que está acontecendo na cidade de Los Angeles, nos Estados Unidos, coloca o cantor em investigação baseada em passagens do seu livro de memórias.
De acordo com a revista Rolling Stone, a autora Julia Holcomb afirma que o artista convenceu sua mãe a entregar sua guarda quando tinha, apenas, 16 anos, permitindo, consequentemente, que os dois se envolvessem em uma relação sexual.
A mãe de Holcomb ainda conta que se relacionou com Steven Tyler entre 1973 e 1976, e teve acesso a várias turnês da banda, assim como álcool e drogas também. Ao invés do nome do cantor, o processo cita Réu Doe 1 e Does 2 a 50, porém Holcomb tornou público sua experiência com o artista no passado, além do processo citar diretamente estas informações do livro de memórias de Tyler.
No livro, publicado em 2011, o vocalista relata que "quase pegou uma noiva adolescente", e que "os pais dela se apaixonaram por mim e assinaram um papel de custódia para que eu não fosse preso. Eu a levei em turnê comigo", mas, em nenhum momento, citou nomes.
De acordo com o processo, Julia afirma que era "impotente para resistir" a vida de "poder, fama e riquezas", e que o cantor sempre soube que ela era menor de idade, quando cometeu condutas sexuais criminosas. Ela ainda revelou que ficou grávida aos 17 anos, mas o vocalista insistiu que fizesse um aborto.
Além de agressão sexual, o processo contém acusação de inflexão intencional de sofrimento emocional. Os representantes de Tyler não se posicionaram diante os questionamentos da Rolling Stone.
Esta não foi a primeira vez que Holcomb conta do caso. Em 2011, ela foi até um site de extrema-direita contra aborto, para falar sobre as acusações sobre o cantor, o Lifesitenews. Já no ano passado, ela contou as dores do aborto aos 17 anos para o documentário Look Away.
O processo está ocorrendo nos últimos dias da lei de vítimas infantis da Califórnia, uma legislação de 2019 que suspendeu o estatuto de limitações, e concedeu um período de três anos para os sobreviventes ao abuso sexual na infância apresentarem suas denúncias.
*Com a colaboração de Lara Delon