De assassino a estuprador: Conheça os famosos que apoiam Bolsonaro

Com o segundo turno das eleições de 2022 chegando cada vez mais perto, é importante lembrar quais famosos apoiam Jair Bolsonaro, que, por coincidência ou não, possuem problemas com a Justiça ou um cancelamento pesado do público por diversas ocasiões. Confira os famosos com passado marcado por estupro, assassinato e investigações na Polícia Federal, e que são apoiadores de Bolsonaro:

Assassino

Guilherme de Pádua é assassino confesso de Daniella Perez, filha da autora Glória Perez. Ele foi preso em 1993, meses depois de cometer o crime e em 1997, ele foi condenado por homicídio qualificado, com motivo torpe, a 19 anos e 6 meses, ao lado da sua ex-esposa Paula Nogueira Thomaz. Porém, em 1999, após quase sete anos de prisão, Guilherme foi solto. O ex-ator cometeu o crime porque “perdeu espaço” na novela que atuava junto com Daniella, que era escrita por Glória. Já Paula foi motivada pelo ciúmes que sentia da atriz. No documentário Pacto Brutal - O Assassinato de Daniela Perez, da HBO Max, é possível ver detalhes do crime e do julgamento.

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Guilherme de Pádua

O ex-ator é um dos apoiadores de Jair Bolsonaro desde 2018. Guilherme já participou de passeatas a favor do presidente e, recentemente, em agosto deste ano, Bolsonaro e a primeira-dama Michelle foram à Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte, Minas Gerais, onde o assassino é pastor. Depois de participarem do culto realizado pelo ex-ator, o casal participou de uma reunião e almoço ao lado do assassino confesso de Daniella Perez e sua atual esposa, Juliana Lacerda.

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Estupro

O ex-jogador Robinho foi condenado em última instância a nove anos de prisão por estupro em grupo cometido contra uma mulher albanesa em uma boate em Milão, na Itália, em 2013, quando a vítima tinha 22 anos de idade. Nesta terça-feira (4), o Ministério da Justiça da Itália pediu ao Brasil a extradição do ex-atacante Robinho e de seu amigo Ricardo Falco. Segundo a acusação, Robinho e seus amigos ofereceram bebida à vítima até "deixá-la inconsciente e incapaz de se opor". Após a reconstrução feita pelo Ministério Público chegou a conclusão que o grupo levou a jovem para um camarim da boate e, se aproveitando de seu estado, praticou "múltiplas e consecutivas relações sexuais com ela".

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Robinho

O ex-jogador declarou seu apoio ao presidente dia 30 de setembro, dois dias antes do primeiro turno das eleições de 2022. Em uma foto com a camisa da seleção brasileira, Robinho fez o número 22 com as mãos e, na legenda, ele colocou o mesmo número, que é o do partido de Bolsonaro, acompanhado com um emoji da bandeira do Brasil.

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Homofobia

O jogador de vôlei Maurício Souza foi demitido do time Minas Tênis Clube após fazer comentários homofóbicos. Nas redes sociais, ele publicou uma imagem sobre a bissexualidade do herói Superman com a frase: “É só um desenho, não é nada demais. Vai nessa que vai ver onde vamos parar”. Depois da repercussão negativa do post, o clube começou a ser pressionado por patrocinadores para que ele se retratasse, mas o pedido de desculpas não foi suficiente e ele foi demitido.

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Maurício do Vôlei

Maurício apoia tanto Bolsonaro, que recebeu apoio do presidente para se candidatar para ocupar uma vaga na Câmara dos Deputados por Minas Gerais. Com 83 mil votos, Maurício conseguiu se eleger surfando na onda após os comentários homofóbicos.

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Nazismo

Já o comentarista da Jovem Pan e ex-BBB Adrilles Jorge foi denunciado pelo Ministério Público de São Paulo após ele realizar um gesto considerado nazista. Em fevereiro deste ano, Adrilles fez um aceno similar ao da saudação nazista “Sieg Heil” durante um debate no programa Opinião da JP News, sobre o caso dos comentários de Monark, apresentador do Flow Podcast. Segundo o Ministério Público de São Paulo, o comentarista pode ser condenado de 1 a 3 anos de prisão, além de pagar uma multa. Com a repercussão negativa e o cancelamento pesado pelo público, Adrilles foi demitido. Porém, pouco mais de um mês depois, a Jovem Pan decidiu contratá-lo novamente.

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Adrilles Jorge

O ex-BBB, além de apoiar Bolsonaro, também buscou o apoio do presidente para se candidatar a Deputado Federal pelo Estado de São Paulo. Ele recebeu 91,4 mil votos, mas não foi suficiente para conseguir entrar para a Câmara dos Deputados.

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Sonegação

Neymar deu o que falar após publicar um vídeo dançando a música de campanha de Bolsonaro nas redes sociais. O público logo lembrou que o jogador entrou para a lista de devedores de imposto, e para conseguir se livrar da dívida milionária com a Receita Federal, ele e seu pai procuraram Bolsonaro. Oficialmente, Neymar chegou a solicitar uma anulação do processo que cobrava uma multa por suspeita de omissão dos rendimentos. Segundo a Folha de S. Paulo, a ação teve início em 2015, e analisou as supostas irregularidades entre 2011 e 2013, que possuíam a omissão de rendimentos do trabalho e ausência do pagamento de Imposto de Renda. Entre diversas negociações e contestações, Neymar decidiu ir até Bolsonaro para resolver o problema, que conseguiu que a Justiça suspendesse a cobrança milionária do jogador.

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Neymar

Antes de publicar o vídeo dançando a música de campanha eleitoral de Bolsonaro nas redes sociais, Neymar já tinha gravado e publicado um vídeo em que agradecia a presença do presidente e da primeira-dama no Instituto Neymar Jr., em Santos. Depois da repercussão negativa do posicionamento a favor de Bolsonaro, o jogador tuitou que as pessoas estavam sendo hipócritas em julgá-lo. “Falam em democracia e um montão de coisa, mas quando alguém tem uma opinião diferente é atacado pelas próprias pessoas que falam em democracia. Vai entender”, escreveu.

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Prisão e sigilo de 100 anos

Já Ronaldinho Gaúcho foi preso, no começo de 2020, no Paraguai, após entrar no país com documentação falsa. O ex-jogador passou seis meses no país vizinho e era nomeado embaixador do turismo brasileiro pelo Governo Federal, que já era de Bolsonaro, com isso, teve seu nome acompanhado pelo Itamaraty. Foram solicitados acessos às mensagens diplomáticas sobre Ronaldinho e seu irmão Assis, porém o pedido foi negado e colocado sob sigilo de 100 anos por Bolsonaro.

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Ronaldinho Gaúcho

O ex-jogador foi nomeado como embaixador do turismo brasileiro em 2019, quando tinha seus passaportes brasileiros e espanhóis retidos pela Justiça e sendo proibido de renovar os documentos. Ronaldinho declarou seu apoio ao presidente ainda em 2018 e até hoje continua com o mesmo posicionamento.

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Estelionato

Em janeiro deste ano, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais contra o cantor Eduardo Costa por estelionato. Segundo o MP, Eduardo Costa e Gustavo Caetano Silva, cunhado do cantor, negociaram um imóvel na cidade, em 2017, omitindo informações de que o terreno era alvo de ações judiciais, obtendo uma “vantagem ilícita”. Segundo a Polícia Civil, Eduardo Costa negociou o imóvel em Capitólio em troca de uma casa, de propriedade de um casal, na Região da Pampulha, em BH, avaliada em R$ 9 milhões. Na época, a polícia afirmou que o imóvel em Capitólio valia entre R$ 6,5 milhões e R$ 7 milhões, porém, o terreno foi avaliado somente em R$ 5,6 milhões. A diferença de valores seria paga pelo cantor com uma lancha, um carro de luxo e uma moto aquática.

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Eduardo Costa

Quando foram registrar o imóvel de Capitólio, de cerca de 4 mil metros quadrados, o casal soube que o terreno era alvo de uma ação civil pública do Ministério Público Federal (MPF) e de uma ação de reintegração de posse com pedido de demolição de construção ajuizada por Furnas Centrais Elétricas. Eduardo Costa não se pronunciou sobre o assunto. Por outro lado, não hesitou em demonstrar seu apoio do Jair Bolsonaro. “Eu prometi que eu não falaria mais de política, estou falando pra você que é meu amigo, meu irmão, e para seus telespectadores e pessoas que seguem seus canais. Eu sou Bolsonaro e o meu voto é do Bolsonaro!”, disse em entrevista para Odair Terra, do Canal Rural.

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Intolerância religiosa

Latino também se envolveu em polêmicas na Justiça. A Secretaria Municipal de Cidadania do Rio entrou com uma notícia-crime contra o cantor por intolerância religiosa. Segundo a denúncia, Latino teria cometido o crime ao acusar adeptos de religiões de matriz africana pela morte de seu macaco, em 2018. “Nessa parada de centro espírita, nesse bagulho de macumba, os caras fazem trabalhos pesados para infernizar a vida do outro. E aí fizeram um trabalho, sei lá, de ebó… Sei lá que porra que chama essa merda de ‘macumbaria’”, disse em entrevista em um podcast.

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Latino

Para demonstrar seu apoio ao presidente, Latino fez um música com a seguinte letra: “É Jair ou já era / É Jair ou já era / No dia 7 eu quero ir mais além/ pra demonstrar minha independência também”. Ele publicou a música antes do feriado do dia 7 de setembro. Além disso, o cantor e Bolsonaro já se encontraram algumas vezes e o voto de Latino não é segredo para ninguém.

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Difamação

Antonia Fontenelle coleciona polêmicas na Justiça e na web. Em 2020, por exemplo, ela publicou nas redes sociais um vídeo editado de Felipe Neto e Luccas Neto e afirmou que os dois praticavam pedofilia e erotização de menores de idade, além de ofender os irmãos youtubers. Em dezembro de 2021, Fontenelle foi julgada e considerada culpada pelos crimes, precisando pagar uma multa de R$ 8 mil e prestação de serviços comunitários.

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Xenofobia

Ainda em 2021, Antonia usou os termos “esse paraíba” e “faz paraibada” de forma pejorativa para se referir a DJ Ivis, que foi preso por agredir a ex-mulher. As falas da atriz foram consideradas xenofóbicas. Ela se pronunciou e afirmou que as palavras foram tiradas do contexto, porém recebeu um forte cancelamento. A ex-BBB Juliette chegou a se pronunciar sobre o assunto, gerando revolta em Fontenelle.

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Antonia Fontenelle

A atriz já defendeu o presidente algumas vezes e chegou a entrevistá-lo para seu canal no YouTube. Além disso, ela se candidatou a Deputada Federal pelo Rio de Janeiro, porém, mesmo recebendo apoio de Bolsonaro, ela não conseguiu se eleger.

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Investigações por ameaça à democracia

Em agosto de 2021, a Polícia Civil do Distrito Federal abriu um inquérito para investigar uma suposta associação do cantor Sérgio Reis para cometimento de crimes em manifestações no começo do mês seguinte. As investigações tiveram início após a circulação de vídeos e áudios nas redes sociais, os quais Reis teria cometido crimes de ameaças, dano e atentado contra a segurança de meio de transporte. Sérgio, que já foi deputado federal, teria pedido aos caminhoneiros para trancarem o país para exigir a saída dos ministros Luís Roberto Barroso e Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal).

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Repercussão

A repercussão negativa do assunto, deixou o cantor Sérgio Reis deprimido, segundo sua esposa Ângela Bavini, que contou que o marido teve uma piora nos níveis de diabetes depois que vieram a público as mensagens de áudio.

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Sérgio Reis

O cantor se aproximou de Jair Bolsonaro quando ainda era deputado federal em São Paulo. Hoje, Sérgio Reis permanece apoiando o presidente, mesmo depois de ser criticado nas redes sociais após as investigações serem divulgadas.

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Gabriel Perline