A ida de Jair Bolsonaro à Globo na noite de quinta-feira (29) para a realização do último debate presidencial mobilizou uma extensiva operação de segurança, que incluiu cães farejadores, atiradores com metralhadoras e instalação de detector de metais na porta do estúdio. Tudo para prevenir um eventual atentado contra o atual presidente da República.
Embora suas chances de reeleição sejam mínimas, já que o último resultado da pesquisa Datafolha aponta a vitória de Lula em primeiro turno, Bolsonaro tem utilizado de toda a força militar que lhe cabe por conta do cargo que ocupa. E assim vem fazendo em suas idas às emissoras de TV, como recentemente ocorreu na entrevista concedida à Record e no debate realizado pelo SBT. Confira os detalhes de bastidores:
A Globo precisou instalar detectores de metais na porta de entrada de sua sede de Jornalismo, no Rio de Janeiro, para que todos os funcionários da emissora fossem inspecionados antes de entrarem nas dependências para a realização de seus trabalhos. O estúdio em que foi realizado o debate também contou com um detector de metais.
Atiradores de elite foram convocados para garantir a segurança do presidente. Eles ficaram posicionados em locais estratégicos da emissora, como corredores, escadarias e possíveis pontos cegos de acessos para evitar a chance de algum invasor penetrar a Globo e promover um atentado.
O armamento foi pesado. Havia atiradores treinados portando metralhadora dentro da Globo. Tudo com o propósito de aumentar a segurança de Bolsonaro.
Para checar a existência de bombas escondidas nos ambientes em que Bolsonaro passaria pela Globo, como camarins e salas de convivência, cães farejadores passaram pelos locais antecipadamente, com o objetivo de detectar possíveis explosivos escondidos.
Todos os alimentos disponíveis ao presidente nos bastidores foram providenciados por sua equipe, por medida de segurança para evitar um possível envenenamento ou até mesmo mal-estar por conta da qualidade ou validade dos itens oferecidos para consumo.
A equipe de Bolsonaro limitou o número de pessoas da Globo que poderiam ter acesso ao presidente. Para isso, foram entregues alguns poucos adesivos personalizados e de uso individual, que deveriam ser colocados nos crachás de identificação dos funcionários da emissora.
Os funcionários da Globo que trabalharam dentro do estúdio e do switcher, além de passarem pelos detectores de metais, também foram revistados pela equipe de segurança do presidente. Acessórios com formatos perfurocortantes, como brincos, anéis e pingentes, tiveram que ser guardados em ambientes que estivessem longe do estúdio em que o debate foi gravado.
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