Yani de Simone, a Mulher Filé, é mais uma famosa a sofrer violência obstétrica durante o parto de sua filha, Luna, que nasceu em fevereiro. Após atravessar um período de depressão, ela decidiu contar pela primeira vez todas as atrocidades que a equipe médica cometeu e que quase resultou na morte da criança e da própria artista.
A revelação foi feita a este colunista que vos escreve na estreia do podcast Não É Nada Pessoal, que apresento com meu amigo Arthur Pires. O vídeo acabou de ser publicado (coloquei no final do texto) mas separei algumas aspas de Filé que mostram o terror que ela viveu no dia que era para ser um dos mais felizes de sua vida.
"Foi uma depressão por causa do parto, eu quase perdi a minha filha", afirmou a DJ. "Minha filha foi parar na UTI, porque na hora que foi nascer ela emperrou e não saía, ficou sem respirar. Ela poderia, por conta disso, ter sequelas para o resto da vida dela. Graças a Deus não tem. Isso me chocou muito. Toda vez que eu imaginava que eu poderia ter perdido minha filha por causa de 3 minutos... Aquilo me deixou mal."
No hospital, Filé relata que foi maltratada do início ao fim do procedimento. Ela pagou mais de R$ 35 mil a uma unidade de saúde para dar à luz em quarto particular, anestesista, diversos serviços extras e uma equipe dedicada a ela. Mas, segundo seu relato, nem o médico apareceu para ajudá-la e todo o procedimento foi feito por uma equipe de enfermeiras.
"Fui pro hospital, fui tratada que nem uma cachorra. Eu paguei quarto particular com acompanhante e fiquei das 9h às 16h agonizando numa cadeira sentada, tendo dilatação ali mesmo. Tudo foi muito traumático. Fiquei ali sofrendo, dilatando sentada na cadeira quietinha. Até que eu comecei a falar: 'Eu não aguento mais'. Estava com 6 dedos de dilatação, sentada numa cadeira. Sendo que eu paguei pra ter água caindo nas minhas costas. Eles falavam no hospital que não tinha vaga. Tinha que esperar. Demorou demais", lembra.
Filé ainda disse que sua vontade era de ter o parto natural, mas que no hospital eles insistiram para que ela fizesse cesárea, já que o procedimento é muito mais rápido.
"Eles violaram muito os meus direitos, meu parto foi uma merda, tudo o que eu tinha sonhado e planejado, que era ser parto normal para ter toda a vivência da coisa, mas sabendo que na hora que o bicho pegasse eu teria todo o suporte, eu não tive suporte nenhum. Ficou eu e minha mãe jogadas numa sala o tempo todo, e eles vinham fazia o exame de toque e saíam", afirma a DJ.
"Minha filha foi para a UTI. Eu pedi a episiotomia, que é o corte, porque eu já não aguentava mais, e como que iam me dar o corte sendo que não tinha anestesista? A cabeça da minha filha emperrou, não saía. Minha filha começou a ficar asfixiada, porque eu comecei a não ter mais dilatação e a minha vagina começou a espremer a cabeça dela, o pescoço. Fizeram uma manobra, me viraram, enfiaram a mão em mim e puxaram a minha filha com tudo, me rasgaram inteira", relembra.
A ex-participante de A Fazenda 6 ainda disse que está processando o hospital por uma sequência de erros cometidos. Entre eles, ela afirma que o médico que assinou seu parto é um homem que nunca apareceu em sua frente. Além disso, ela diz que o hospital fez movimentações em seu cartão de crédito sem a sua autorização.
Confira a entrevista completa: