Encontro perde relevância e vira inimigo do público com Patrícia Poeta

Patrícia Poeta fechou seu primeiro mês como titular à frente do Encontro e conseguiu um feito nada positivo para seu currículo: transformou o matinal de mais de dez anos de história em um produto sem relevância e o inimigo favorito do público nas redes sociais. Os excessos da apresentadora tiraram completamente o foco do conteúdo, e o programa idealizado por Fátima Bernardes se tornou motivo de chacota.

Desencontro

A nítida falta de química entre Patrícia Poeta e Manoel Soares fez o programa ganhar o apelido de Desencontro. A substituta de Fátima chegou com uma ansiedade gigante de falar para o público que ela é a apresentadora, e de reduzir diariamente papel do jornalista na atração, a quem chama de "companheiro". Quem está em casa já notou o egoísmo em dividir a cena e o nítido desespero em se firmar como a dona do pedaço.

Globo/Fábio Rocha

Patrícia show

O egocentrismo de Patrícia também é um ponto fraco deste programa. Em todas as pautas, ela faz questão de trazer o assunto para si e acaba anulando os discursos de seus convidados. Vez ou outra, até cabe compartilhar uma situação pessoal relevante, mas todos os dias ela abre o espaço para fazer seu monólogo e dizer algo sobre si que muitas vezes não acrescenta em nada nos temas debatidos em cena e acaba esvaziando as pautas.

Globo/Victor Pollak

Interrupções

Não há nada mais desagradável que ver um entrevistador interrompendo o entrevistado a todo instante. E Patrícia sofre deste mal. A sensação para quem está assistindo ao programa é de que a direção não tem controle nenhum sobre a postura da apresentadora. Ela corta e interrompe seus convidados, cavando abismos nos discursos que ficam inacabados. É uma atitude de extrema grosseria.

Globo/Divulgação

Comparações inevitáveis

Ao longo dos dez anos em que esteve à frente do Encontro, Fátima Bernardes também recebeu críticas. Mas o programa, quase diariamente, se tornava um dos assuntos mais comentados das redes sociais por conta das pautas tratadas no programa, por alguma situação engraçada protagonizada pelos convidados, e até pela espontaneidade natural da antiga titular. Com Patrícia, o matinal só figura no centro dos debates virtuais por conta de seus excessos, e nunca são bem vistos pela audiência.

Globo/Fábio Rocha

Semiótica

Por mais que Patrícia se esforce para soar simpática, existem detalhes em sua postura que apenas evidenciam como ela tem fingido naturalidade: 1. Passa boa parte do programa com as mãos nos bolsos; 2. Tenta se distanciar ao máximo de Manoel Soares para não dividir a mesma câmera que ele; 3. Deixa a cargo de seu "companheiro" atividades menores, como entrevistar a plateia; 4. Quando tem convidados famosos, não promove um bate-papo democrático e centraliza a conversa em si mesma.

Globo/João Miguel Júnior

Vítima?

A Globo tem feito um esforço acima da média para mudar a percepção do público em relação à atuação de Patrícia no Encontro. Interpreta toda essa onda de reclamações como implicância em vez de promover intervenções urgentes para minimizar o estrago feito pela postura da apresentadora em cena. Mas já se passou um mês, e até agora a audiência segue descontente. A pergunta que fica é: até quando a emissora irá ignorar a voz de seu público?

Globo/Victor Pollak

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Gabriel Perline