Stripper, michê e pastor: Quem é Guilherme de Pádua, de Pacto Brutal

Assassino confesso da atriz Daniella Perez, Guilherme de Pádua voltou aos holofotes 30 anos após o crime e ganhou milhares de novos haters, que sequer haviam nascido na época do assassinato. O motivo para a "retomada da fama" é a série documental Pacto Brutal, lançada pela HBO Max, que desnuda o caso e mostra como a promessa de galã da TV brasileira se tornou o inimigo de todo um país ao acabar com a vida da nova "namoradinha do Brasil". Mas afinal de contas, quem é Guilherme de Pádua?

Objetivo: Fama

O assassino nasceu em Belo Horizonte, em 1969, e se mudou para o Rio de Janeiro no final dos anos 1980 com um objetivo na cabeça: tentar todos os meios possíveis para se tornar famoso. E para isso, não mediu esforços.

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Stripper

Um de seus primeiros empregos no Rio foi como stripper no show A Noite dos Leopardos, promovido pela travesti Eloína, que simplesmente parava as noites da cidade na Galeria Alaska por conta dos homens, chamados de leopardos, que dançavam no palco completamente nus e com seus membros eretos. Caetano Veloso, Cazuza, Elza Soares, Madonna e Liza Minnelli foram alguns dos célebres que assistiram aos shows.

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Pênis pequeno

Eloína afirmou ao jornalista Paulo Sampaio, em 2018, que Guilherme de Pádua participou do time de leopardos, mas não ficou muito tempo. "Tinha o pau pequeno, não ficava à vontade no show. Não era a dele", disse a organizadora do evento, que ficou em cartaz por 12 anos na cidade.

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Michê

A primeira pessoa a chamar publicamente Guilherme de Pádua de michê foi Gloria Perez, mãe de Daniella. E depois dela, diversas outras pessoas endossaram que o ex-ator também transou com homens por dinheiro. Atualmente, o assassino nega, mas diversos "leopardos" afirmaram que após os shows eles faziam programas com os clientes.

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Na cama

Recentemente, Maurício Mattar disse que o criminoso era tão obcecado pela fama que estava disposto a transar com quem fosse preciso para subir na vida. E que ele foi uma das pessoas assediadas por Guilherme nos bastidores do musical Blue Jeans.

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Michê nos palcos

Antes de estrear na Globo, Guilherme de Pádua interpretou o papel de michê por diversas vezes. No teatro, foi um garoto de programa na peça Pasolini (personagem responsável pelo assassinato do memorável cineasta italiano que dá nome ao espetáculo), e também no musical Blue Jeans, que foi um sucesso no final dos anos 1980 e início dos 1990.

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Michê nas telonas

No cinema, ele também interpretou um garoto de programa no filme erótico alemão Via Appia, que foi inteiramente filmado nas saunas gay e zonas de prostituição do Rio de Janeiro.

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Globo

Sua estreia na TV foi em Mico Preto, exibida em 1990 pela Globo, e fez uma pequena participação. O grande papel foi na trama De Corpo e Alma, em 1992, quando interpretou o motorista de ônibus Bira. Ele e Daniella, filha de Gloria (autora da novela), formavam par romântico, mas ele começou a perder espaço na trama com o fim do relacionamento dos personagens. Esta seria uma das motivações do crime na vida real.

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Casal assassino

Foi no início dos anos 1990, antes do crime, que ele começou a namorar Paula Thomaz, com quem acabou se casando. A série mostra a mulher como uma pessoa barraqueira e extremamente ciumenta. Ela não suportava Daniella, tentava imitá-la de todas as maneiras, e acabou se envolvendo no assassinato da atriz.

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Casal assassino - parte 2

No dia 28 de dezembro de 1992, Guilherme e Paula mataram Daniella e largaram a vítima em um matagal de uma região erma na Barra da Tijuca. No corpo foram encontradas 18 perfurações, sendo que a maioria estava concentrada na região do coração. Eles alegaram ter usado uma tesoura, que foi encontrada na cena do crime, mas os exames indicaram que os buracos no corpo da atriz foram feitos com um punhal (nunca encontrado).

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Na cadeia

Guilherme e Paula foram condenados a 20 anos de prisão após decisão do júri popular, que entendeu que o ex-casal premeditou o crime. Paula tinha ciúmes do ator. Guilherme, por sua vez, teria agido por vingança contra Gloria Perez, autora da novela, já que ele estava insatisfeito com a redução de seu papel em De Corpo e Alma, e não queria que o romance de seu personagem com o de Daniella acabasse na trama.

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Pena reduzida

Mesmo com a condenação de 20 anos, Guilherme ficou menos de 7 anos na cadeira, cumprindo apenas um terço da pena em cárcere. Ele tentou retomar sua vida fora dos holofotes, e há cinco anos começou a trabalhar como pastor na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte. Atualmente está em seu terceiro casamento, com a estilista Juliana Lacerda.

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Apoiador de Bolsonaro

Em maio de 2020 ele ganhou uma rápida fama nas redes sociais ao aparecer em uma manifestação pró-Bolsonaro ao lado de sua mulher. Ele ainda é um defensor ferrendo do atual presidente da República.

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Gabriel Perline