7 personagens de Pantanal que certamente são eleitores de Bolsonaro

Desde que estreou, em março de 2022, o remake de Pantanal, na Globo, vem alcançando uma audiência muito grande, tornando-se um grande sucesso entre os brasileiros, assim como na primeira versão, nos anos 1990. Mas muitos personagens seguem parados no tempo e mesmo com o salto de 30 anos mantiveram comportamentos ultraconservadores, bastante parecidos com os principais eleitores de Jair Bolsonaro. Veja a lista dos sete personagens que, se fossem reais, votariam para o atual presidente se reeleger em outubro deste ano:

Irma

Personagem da Camila Morgado, Irma (ou TalaIrma, como preferir) é aquela moça que adora vender a imagem de mulher santa, que prega todas as regras dos bons costumes, mas, na verdade, tudo não passa de teatro. A tia do Jove (Jesuíta Barbosa), na maioria das vezes, é conservadora no discurso, mas adora uma safadeza no sigilo. Nesses últimos capítulos, por exemplo, ela está muito obcecada por Zé Luca de Nada (Irandhir Santos), só porque ele lembra o seu eterno amor platônico - ou nem tão platônico assim - Zé Leôncio (Marcos Palmeira)... está tão hipnotizada pela “cópia” do seu verdadeiro amado, que esqueceu do aniversário do sobrinho.

Globo/Fábio Rocha

José Leôncio

Esse não precisamos nem falar muito, né? Desde a primeira fase da novela ele já mostrava ser uma pessoa agressiva, grossa e com a mente beeem limitada. Com a chegada do Jove, isso só deixou mais claro. Zé Leôncio achava que seu filho era homossexual e não gostava muito de pensar que isso poderia ser real, o que gerou diversas brigas entre os dois. Mas, mesmo com o seu jeito bruto, ele consegue ter a aprovação de todos na novela.

Globo/João Miguel Júnior

Maria Bruaca

Maria (Isabel Teixeira) é uma mulher submissa, que passou a vida inteira obedecendo as ordens do seu marido extremamente machista e conservador. Ela acredita em qualquer informação que lhe passem, e, se usasse WhatsApp, provavelmente teria se escandalizado e compartilhado fake news, como a do kit gay ou que dizia que Cloroquina é o remédio ideal para combater a Covid-19. Mesmo ela se libertando aos poucos da vida limitada que tem dentro de casa com o Tenório (Murilo Benício), ela continua com a mente fechada e certamente votaria, sem pensar duas vezes, em Bolsonaro.

Globo/João Miguel Júnior

Mariana

Dona Mariana (Selma Egrei), a “Velha do Rio (de Janeiro)”, é de longe umas das pessoas mais conservadoras da novela. Em primeiro lugar, sempre pensou no dinheiro e incentivava o seu neto, Jove, a agradar o pai para conseguir a herança do Zé Leôncio, porque acreditava que era a única maneira de conseguir tirar a família do fundo do poço… Trabalhar? Ela e sua família não sabem o que é isso e adoram uma mamata. Mariana também sempre foi contra o relacionamento da Madeleine (Karine Teles) e do Zé Leôncio, e depois foi contra o relacionamento do Jove com a Juma (Alanis Guillen), pois achava ela muito “bicho” para seu filho.

Globo/João Miguel Júnior

Tenório

Tenório é outro personagem que se faz de santo, mas tem muita sujeira escondida debaixo do tapete. Além de ter duas famílias e esconder esse fato de Maria Bruaca e de Guta (Julia Dalavia), ele é machista, homofóbico e foi um dos grandes responsáveis pela morte dos pais e irmão de Juma, pai da Muda (Bella Campos) e pai de Alcides (Juliano Cazarré). Tenório foi quem vendeu as terras paranaenses para Gil (Enríque Diaz) e Maria Marruá (Juliana Paes) sem os registros corretos, o que acabou em reintegração e fuga da família para o Pantanal.

Globo/João Miguel Júnior

Alcides

O peão de Tenório é um dos personagens mais machistas da novela. No começo da trama, ele acreditava que a filha de seu patrão estava dando em cima dele só porque ela estava tomando banho de rio pelada na frente dele. Alcides também já deu em cima de Maria Bruaca. Além disso, arrumou briga com o Jove, logo quando ele voltou ao Pantanal para encontrar o pai, pois sentiu ciúmes de Guta dançando com o filho do Zé Leôncio e depois também acreditou que o rapaz era gay - fazendo vários comentários homofóbicos. Se Alcides existisse na vida real, provavelmente seria negacionista e antivacina…

Globo/João Miguel Júnior

Levi

Levi (Leandro Lima) é o peão que mais causou em Pantanal até agora. Tentou estuprar Muda mais de uma vez, esfaqueou Tibério (Guito) em uma briga para tentar mostrar que era mais “macho” que o amigo de Zé Leôncio, seduziu Maria Bruaca e também abusou sexualmente da nova patroa. O peão também fazia parte do grupinho que acreditava que Jove era homossexual e que fazia piadinhas sem graça e desnecessárias sobre o assunto, além de se achar o melhor de todos e acreditar que conseguiria levar o Velho do Rio (Osmar Prado) até a fazenda de Zé Leôncio. Levi com certeza acreditaria que Covid-19 é apenas uma gripezinha e não tomaria a vacina, ia achar que iam implementar um chip no braço igual eles fazem com os bois marruás na novela.

Globo/João Miguel Júnior

BÔNUS: José Lucas de Nada

Como ele mesmo diz, ele é o famoso come quieto, faz tudo no sigilo. Mesmo nascido e criado em uma família pobre, Zé Luca também certamente votaria em Bolsonaro. O irmão mais velho de Jove e Tadeu faz alguns comentários desnecessários e acredita que, para provar que é o primogênito de Zé Leôncio, precisa caçar um boi marruá, mas, usa uma arma e não tenta pegar no laço, como todos os peões fazem, para se sentir superior. O José Lucas de Nada tenta seduzir Juma Marruá, furando o olho do irmão mais novo, mas acaba ficando com Irma, ex-cunhada de seu pai.

Reprodução/Globoplay

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Gabriel Perline