Wendel Miranda se destaca como empresário do ramo da construção civil

Quando criança queria ser cobrador de ônibus, mas chegou muito mais longe

O baiano Wendel Miranda, lutou muito a vida inteira para conquistar seus sonhos. Quando criança queria ser cobrador de ônibus, mas com muito trabalho e esforço, se tornou um dos empresários da construção civil mais bem respeitados do Brasil. 

Foto: Arquivo pessoal
Wendel Miranda

Ele sempre trabalhou desde muito cedo. Quando jovem tocou baixo em bandas de axé, como Pagodart, Dignow do Brasil e Selakuatro. Trabalhou em lotérica, conseguiu realizar o sonho de ser cobrador de ônibus, foi motorista de aplicativo e começou a trabalhar com construção civil, como ajudante. 

De ajudante de obras, passou a mestre, depois supervisor e coordenou uma empresa com mais de dois mil funcionários. Começava ali sua vida no mundo da construção civil. 

Rodou o Brasil e o mundo realizando obras por essa empresas, até que veio a Lava Jato e várias empreiteiras no país começaram a cair uma a uma. Ele se viu sem chão, sem emprego, sem economias.

Nesse período Wendel já estava casado e tinha uma casa própria financiada, carro comprar e estava cheio de dívidas. Perdeu tudo. Mas mesmo assim não desanimou, voltou a trabalhar como motorista de aplicativo para sustentar a casa e foi seguindo em frente. 

Um dia, decidiu tirar o CNPJ de uma nova empresa, que até então só existia no papel. Fez um folder bem bonito e com os sonhos na cabeça seguiu dirigindo seu carro. Até que um dia um dos passageiros mudou sua vida. Eles conversaram sobre o assunto, e ele, que sempre carrega seu currículo e o folder no porta-luvas, mostrou para o passageiro. 

Ele era superintendente de uma construtora em Salvador e depois de algum tempo conversando disse que estavam abrindo licitação, pediu que Wendel lhe mandasse sua proposta e se a empresa dela tivesse um preço justo e competitivo, iriam contratá-la. 

Só que a empresa só existia no papel. Ele precisava de tudo, de um escritório a mão-de-obra. Sua esposa o ajudou pegando alguns serviços e conseguiram alugar e montar o escritório. E tudo foi se encaminhando. 

"Eu antes ouvia falar de Deus, hoje eu sei quem é Deus", diz Wendel. 

Hoje sua empresa é um sucesso, passou pela crise da pandemia com louvor e conseguiu fechar grandes negócios. Atualmente ele tem a matriz, a Lauro de Freitas, e filiais em São Paulo, Belo Horizonte, Bagé e Vitória da Conquista.

E aquela empresa que um dia só existiu no papel, se tornou um grupo que emprega mais de 150 funcionários diretos. "Não há mal que perdura para sempre. É possível vencer, basta querer, acreditar e aprender a compartilhar", finaliza.