Luisa Marilac precisa retirar silicone urgentemente: "Sinto dores insuportáveis"

Ativista trans e influenciadora conta que já passou da hora de retirar a substância do corpo e não tem dinheiro

Foto: Reprodução/Instagram
Luisa Marilac diz que precisa retirar o silicone urgente

Uma das ativistas trans mais famosas do Brasil passa por um drama pessoal nos últimos meses. Luisa Marilac , que viralizou na internet com o vídeo em que aparece na piscina tomando uns 'bons drinks', está com dificuldades financeiras para resolver um problema de saúde: a retirada do silicone industrial que ela colocou quando mais nova no queixo e nos seios. Com o passar do tempo, a substância gerou uma grave inflamação no corpo dela.

"Há um tempo eu venho enfrentando esse problema, mas agora se agravou. Estou ficando com medo porque sinto dores insuportáveis e constantemente muita febre. Nem os anti-inflamatórios fortíssimos que eu tomava e ainda tomo conseguem melhorar a situação. Para piorar, apareceram alguns buracos (no queixo) que saem líquidos e a pele está roxeada em torno destas áreas machucadas. Isso só prova a minha teoria de que passou da hora de eu tirar o silicone do meu corpo", conta Luisa à coluna.

A influenciadora já até procurou dois especialistas para resolver o seu caso, mas descobriu que precisaria gastar quase R$ 30 mil. "Eles me cobraram R$ 20 mil pelos seios e R$ 7 mil pelo queixo. Tudo à vista, porque eles não parcelam. É uma grana considerável? É, mas não adianta fazer com qualquer médico porque existe o risco do silicone entrar na corrente sanguínea e matar a pessoa", explica Marilac que, sem dinheiro, chegou a procurar um banco para fazer um empréstimo, mas desistiu. "Os juros estão altíssimos. Se você pega R$ 10 mil, paga R$ 20 mil e se pega R$ 20 mil paga R$ 40 mil depois. Não tenho condições", assume a também youtuber, que rejeita a ideia de fazer uma vaquinha virtual.

"Recentemente eu ganhei um dinheiro do meu público e resolvi comprar cestas básicas para ajudar várias meninas trans que passavam por dificuldades. Ajudei até famílias héteros e fui criticada. Muito criticada. Eu não pedi, as pessoas me deram, mas eu senti que aquele dinheiro não era meu. Não me senti no direito de pegar a grana e usar comigo neste momento em que existem pessoas passando fome. E aí as pessoas falam mal de mim porque deveria ter usado na minha saúde e não para tentar me promover? Não quero isso", desabafa.

Mesmo um pouco perdida e sem saber o que fazer, Luisa está esperançosa e diz que daqui a pouco Deus vai enviar uma luz para resolver os problemas, porque sempre foi assim em sua vida toda. "É mais um (problema) que enfrento na vida, mas se você me perguntar se eu me arrependo de ter colocado silicone industrial, eu digo que sim. Eu era bem novinha, tinha 16 anos e isso se coloca aos poucos. A travesti sempre foi muito cobrada da sociedade para ter cinturinha fininha, peitões e feminilidade. Hoje, ainda existe a cobrança, mas existem também outras maneiras de querer um corpo que você goste e se sinta bem frente ao espelho. Existem processos com hormônios, academias e tratamentos estéticos mais naturais. Não é preciso mais se mutilar", ensina.

Ela também conta que decidiu abrir o jogo sobre seu problema de saúde como forma de orientar as pessoas mais jovens. "O silicone diminui a expectativa de vida. Na hora pode ficar bonitinho, mas depois vem as consequências. Com a idade e com o tempo o organismo naturalmente vai expulsando, vai expelindo o silicone e é isso que acontece com todo mundo. Se informem e busquem por procedimentos mais naturais", finaliza Luisa Marilac.