"Meditation Park" aborda dilemas culturais na terceira idade com ternura

Longa canadense é protagonizado pela atriz chinesa Pei-Pei Cheng

"Meditation Park" é um feel good movie. Do tipo que o protagonista acorda para experiências importantes da vida após enfrentar uma experiência traumática. No caso, a protagonista é defendida pela atriz chinesa Pei-Pei Cheng, de 73 anos. 

Leia também: "Em Trânsito" filtra crônica de paixão e abandono da França sob sítio nazista

Foto: Divulgação
Cena do filme Meditation Park, já em cartaz nos cinemas brasileiros

De cara, dois fatos incomuns chamam a atenção no longa de Mina Shum, nascido em Hong Kong e radicado no Canadá. Uma mulher idosa e oriental como protagonista. Não é a única resiliência verificável em "Meditation Park" .

Maria Wang ( Pei-Pei Cheng ) resolve assumir as rédeas de sua vida depois de descobrir que seu marido teve um affair. Toda a questão é tratada com delicadeza e descrição, afinal, este é um filme sobre a jornada de autoconhecimento de sua protagonista , em fase avançada de sua vida, e não sobre um revertério familiar. 

Leia também: Conto de horror transgressivo, "Suspíria" encanta pelas sutilezas que gritam

Todavia, a questão cultural - o machismo, a dependência financeira e a maneira como a sociedade trata a terceira idade - são pontos abordados pelo roteiro que ganha pontos pela maneira generosa com que ilumina a relação da protagonista com sua filha, vivida pela sempre excelente Sandra Oh. 

"Meditation Park" é uma produção canadense falada em inglês, Cantonês e Mandarim e participou do Festival de Toronto em 2017.